Brasil tem 422 mil médicos aptos a atuar contra c-19

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Levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), aponta que no país 422 mil médicos têm idade inferior a 60 anos, ou seja, estão aptos ao atendimento de pacientes com covid-19, desde que não apresentem comorbidades (doenças graves).

Somente de janeiro a maio deste ano, 9.653 novos médicos concluíram a graduação no país. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais se concentram 37,1% desse total. Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica no Brasil, desenvolvido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A pesquisa indica que o aumento de novos médicos, apenas nos primeiros cinco meses de 2020, reflete a tendência de crescimento desse contingente de profissionais no país, nos últimos anos. Desde 2000, 280.948 médicos se formaram dentro do Brasil. Segundo o CFM, a população médica aumentou em 251.364 profissionais, no período, descontando baixas nos cadastros por motivos como aposentadoria, óbito e cancelamento.

Escolas médicas - Atualmente, o país tem 341 escolas médicas em funcionamento, das quais 162 (47,5%) iniciaram suas primeiras turmas entre os anos de 2011 e 2019. O número total de vagas estimado em fevereiro era próximo de 36 mil vagas (de primeiro ano).

De acordo com CFM, o aumento recente do número de novos médicos tem impacto na evolução da razão médicos por mil habitantes, indicador usado em comparações regionais. O Brasil passou a ter 2,5 médicos por 1.000 habitantes. Essa razão é superior ao registrado na Coreia (2,3), Polônia (2,4), Japão (2,4) e México (2,4) e ligeiramente abaixo dos Estados Unidos (2,6), Canadá (2,8) e Reino Unido (2,9).

Internamente, os dados mostram que a distribuição dos médicos brasileiros é desigual entre os estados.

Voluntários - Cerca de 10 mil profissionais da área se cadastraram no programa Brasil Conta Comigo e se apresentaram como voluntários para ajudar no atendimento da população. Desse total, mais de 50% estavam concentrados em São Paulo (19,6%), Minas Gerais (12,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Paraná (6,5%) e Rio de Janeiro (6,2%).