RJ: contágio entra em declínio

Apesar da diminuição da taxa de contágio no estado, a UFRJ aponta que o risco de transmissão do vírus ainda é alto - Foto: Marcelo Feitosa

Atualidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A taxa de contágio da covid-19 no estado do Rio de Janeiro vem entrando em declínio. É o que atesta um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que através da ferramenta Covidímetro monitora a transmissão da doença nas regiões do estado.

A última estimativa, com data de 16 de junho, monitorou pacientes com início dos sintomas até o dia 6 de junho. No estado, a velocidade de propagação do coronavírus está em 1,35. Os dados ainda apontam que o risco de transmissão ainda é considerado alto. No documento anterior, divulgado no dia 8 de junho, com índices calculados a partir dos casos confirmados até o dia 30 de maio, a taxa de transmissão estava em 1,81, com risco muito alto.

Esses números indicam quantas pessoas, em média, cada paciente diagnosticado contamina. O grau de risco é considerado muito baixo se a taxa for menor do que 0,5 e baixo se ficar entre 0,5 e 1. Entre 0,9 e 1,2 o risco é moderado e é considerado alto entre 1,2 e 1,65. Se ficar entre 1,65 e 2, o risco é considerado muito alto e há indicação de lockdown se a taxa de reprodutibilidade da doença passar de 2.

Na capital fluminense, a velocidade de propagação está com 1,03, com risco moderado. No boletim anterior, esse número era de 1,72, com risco muito alto.

Em Niterói, a transmissão também está entrando em declínio, mas a UFRJ alerta que a situação ainda é preocupante. Atualmente a taxa está em 1,46, com alto risco de contaminação. O Covidímetro aponta, ainda, que a taxa de letalidade é de 3,27% no município. No período do estudo havia o total de 155 mortes por covid-19. Anteriormente, o boletim havia indicado que a velocidade de propagação era de 1,92, com risco considerado muito alto.

O Covidímetro ainda analisa a taxa de transmissão entre as regiões do estado do Rio. Todas as regiões estavam com a taxa acima de 2 em meados de maio e o indicador chegou a 5,5 no momento em que foi decretado o isolamento social, em março. Segundo a UFRJ, o isolamento foi tímido no estado, não atingiu em nenhum momento o patamar ideal de 70% para conter a pandemia.

Na Região Metropolitana I, sem contar com a cidade do Rio, a taxa de transmissão de 1,10, com risco moderado. No boletim anterior a velocidade era de 1,82, com risco muito alto. Tirando a capital, essa análise engloba os municípios de Duque de Caxias, Magé, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.

Ao considerar a capital fluminense, a taxa de transmissão da Região Metropolitana I vai para 1,05, continuando, portanto, em risco moderado.

Na Região Metropolitana II, composta pelos municípios de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim, a taxa é de 1,50, o que é considerado um risco alto de contágio. No boletim anterior, esse número era de 1,93, com risco muito alto.

A região mais preocupante é a Noroeste, cuja avaliação da UFRJ aponta para a necessidade de lockdown. Por lá, a taxa de propagação do coronavírus está em 2,07, a mais alta entre todas as regiões. Esse índice, porém, diminuiu de um boletim para outro, já que no anterior era de 2,31.

Na Região Norte, o risco de transmissão ainda é muito alto, com taxa de 1,91, embora tenha tido uma queda. Antes,a propagação estava em 2,01, no limite para a recomendação de lockdown.

Atualmente, a Região Serrana está no limite para o risco muito alto, com taxa de transmissão de 1,64. A taxa de letalidade foi avaliada em 6,25%. Apesar dos índices ainda altos, a região entrou em declínio, já que na avaliação divulgada no início do mês a taxa era de 1,89, com risco muito alto, quase no limite com a necessidade de lockdown.

Outra que conseguiu reduzir o risco foi a Região do Médio Paraíba, passando de 1,74 (risco muito alto), para 1,53 (risco alto).

Com alto risco de contágio, a Região Centro-Sul conseguiu sair do pior cenário, quando apresentava 2,07 (lockdown necessário), e passou para 1,48.

A Baixada Litorânea é uma das regiões com menor grau de risco atualmente. A taxa de transmissão está em 1,19, o que representa um risco moderado, enquanto no boletim anterior era de 1,89, ou seja, risco muito alto.

Também houve queda na Baía da Ilha Grande, que passou de 2,02 (lockdown necessário) para 1,44 (risco alto).