Ativista permanece presa no DF

Sara Giromini está custodiada no presídio feminino da capital federal - Foto: Reprodução/Redes sociais

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na quinta-feira, habeas corpus à militante Sara Giromini, autodenominada Sara Winter, presa no âmbito de um inquérito sobre atos antidemocráticos. Ela está custodiada no presídio feminino do Distrito Federal. Uma das líderes do grupo autodenominado 300 do Brasil, Sara foi presa temporariamente na segunda-feira pela Polícia Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, e a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ontem, Moraes prorrogou por mais cinco dias a prisão da ativista.

Outras cinco pessoas também foram presas na mesma operação. O objetivo, de acordo com nota divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF), é apurar o esquema de financiamento e de organização de atos de rua com o objetivo de atacar as instituições democráticas.

A abertura desse inquérito foi autorizada em abril pelo STF, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar possível violação à Lei de Segurança Nacional depois que manifestantes levantaram faixas pedindo a intervenção militar e o fechamento de instituições democráticas durante ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Brasília e outras cidades do país. Uma das linhas de investigação apura o envolvimento de parlamentares.

Sara também já foi alvo, na semana passada, de mandado de busca e apreensão no chamado inquérito das fake news, que tramita no Supremo sob a mesma relatoria de Alexandre de Moraes e apura ameaças e difamações proferidas contra os ministros da Corte nas redes sociais.

Após ter o celular e o computador apreendidos, Sara publicou um vídeo nas redes sociais em que diz que gostaria de "trocar socos" com o ministro. Em decorrência dessas declarações, a militante foi denunciada pela Procuradoria da República do Distrito Federal (PRDF) pelos crimes de injúria e ameaça.

A defesa de Sara alega que ela é alvo de perseguição política e que as manifestações da militante estão protegidas pelo direito constitucional à liberdade de expressão.