Especialista da UFF já prevê forte queda de casos de c-19

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Com a reabertura, nos últimos dois meses, do comércio, assim como dos bares e restaurantes dos maiores centros econômicos do país, os brasileiros voltaram às ruas antes esvaziadas em razão da pandemia de coronavírus. Muitos deles, no entanto, sem adotar as medidas básicas de segurança, amplamente divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, como o uso de máscaras e a prática de distanciamento social. Mesmo com esses descuidos, vem chamando atenção a redução crescente do número de ocupação de leitos em hospitais públicos e privados de todo o país por coronavírus.

Segundo estudo recente do professor do Departamento de Estatística da UFF, Márcio Watanabe, intitulado "Detecção precoce da sazonalidade e predição de segundas ondas na pandemia da COVID-19", o fenômeno de redução do número de casos de infecção por coronavírus no Brasil pode ser em grande parte explicado por um padrão de sazonalidade da transmissão. Segundo Márcio, "a transmissão se intensifica no outono e inverno e diminui de intensidade na primavera e verão. Isso auxilia os gestores públicos a se programarem para as novas ondas da pandemia que virão", explica.

O estudo desenvolvido por Márcio aponta que, passados os meses de crescimento da quantidade de casos e de pico da pandemia no país, a tendência agora é de decréscimo da curva. "A queda irá se intensificar no término desse mês e a partir do final de outubro prevejo que o país terá poucos casos da doença se comparado ao número atual. Mesmo sem vacinação, devido à sazonalidade o número de casos permanecerá baixo de novembro a fevereiro", enfatiza.

Para o especialista, o Brasil ainda não saiu da primeira onda. Apesar disso, segundo ele, a previsão é de haver uma forte queda na quantidade de casos ao longo dos meses de setembro e outubro, o que também ocorrerá na maioria dos países do hemisfério sul. Na ocasião, haverá, então, o "fim" da primeira onda de COVID-19 no país. Paralelamente, acontecerá uma segunda onda na maioria dos países europeus e asiáticos.