Desempenho aquém da média nacional

No país, o saldo de julho foi de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos - Foto: Arquivo / Agência Brasil

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Julho não foi um bom mês para a geração de emprego formal no Estado do Rio. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, enquanto no Brasil foi registrada a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada, no Rio, o saldo foi negativo. Foram menos 2.845 oportunidades. Dos municípios da região, Niterói e São Gonçalo registraram saldo negativo, já Maricá e Itaboraí aumentaram o número de empregos formais.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. No país, o saldo positivo de julho foi resultado de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos. Em julho de 2018, o resultado havia sido de 47.319. Segundo os dados, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho, sendo o maior saldo na Região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada.

Apesar disso, no Estado do Rio, em julho deste ano, foram 99.901 contratações contra 102.764 desligamentos, uma diferença de menos 2.845 postos de trabalho. Nos últimos sete meses, os dados apresentam intensa oscilação. Enquanto janeiro começou com menos 12 mil oportunidades, fevereiro teve saldo positivo de 9 mil, assim como abril (5709) e junho (2341). Já março (-6.986) e maio (-4289) tiveram saldo negativo.

O bom resultado da região Sudeste no levantamento foi puxado por São Paulo, que registrou a maior parte das vagas abertas em todo no Brasil, foram criados 20.204 postos de trabalho.

Região - Niterói registrou menos 723 oportunidades em julho. Apesar de 3.820 vagas de trabalho com carteira assinada ofertadas, 4.543 pessoas foram demitidas. Em São Gonçalo, 2.697 pessoas ficaram desempregadas, contra 2.552 contratações, acarretando em menos 145 vagas. Na região, Itaboraí e Maricá registraram saldo positivo de vagas, ambas com 228 postos de trabalho criados.

Desemprego - No mesmo período, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o mercado de trabalho no Brasil atingiu, no trimestre encerrado em julho, um volume recorde de pessoas empregadas: 93,6 milhões. Este crescimento foi puxado pelos empregados sem carteira assinada e pelos trabalhadores por conta própria.

O número é o maior da série histórica iniciada em 2012. Dos mais de 90 milhões, 11,7 milhões são trabalhadores sem carteira assinada, enquanto trabalhadores por conta própria somaram 24,2 milhões, ambos os dados bateram recorde na amostragem. O levantamento ainda aponta que a taxa de desemprego recuou para 11,8% em julho deste ano, abaixo dos 12,5% de abril deste ano e aos 12,3% de julho do ano passado.

Em nota, o Sebrae afirmou que a pesquisa realizada revela "que - ao contrário do que alguns críticos especulavam - essa figura jurídica [do MEI] não tem contribuído com a precarização do mercado de trabalho no Brasil". Ainda de acordo com o estudo, apenas 6% dos Microempreendedores Individuais ativos continuaram prestando serviços na mesma empresa em que trabalhavam como empregados antes de virarem MEI.