Incêndio em hospital deixa 11 mortos

Incêndio atingiu prédio do Hospital Badim, no bairro da Tijuca - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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A direção do Hospital Badim confirmou que 11 pacientes morreram no incêndio que atingiu a instituição, na noite desta quinta-feira (12). Dos 103 pacientes que estavam no local no momento do fogo, 77 seguem internados em 12 instituições de saúde na cidade. Mais 14 foram levados para suas casas. E 20 funcionários e acompanhantes seguem internados.

O balanço foi divulgado na tarde desta sexta-feira (13) pelo diretor médico do hospital, Fábio Santoro. Segundo ele, todos os protocolos de emergência em casos semelhantes foram respeitados e executados. Ele falou à imprensa e leu um comunicado em nome da instituição.

“Em primeiro lugar, a diretoria do Hospital Badim expressa sua profunda tristeza e se solidariza com as pessoas atingidas. Nós agradecemos a grande rede de solidariedade que se formou desde ontem e vem se fortalecendo. Incluindo vizinhos, profissionais de saúde e familiares. Os nossos colaboradores atuaram ao longo de toda a noite e madrugada, arriscando suas vidas para salvar os nossos pacientes. Todos os recursos humanos e materiais ao nosso alcance foram dedicados a esse resgate, extremamente difícil, que exigiu a remoção dos pacientes em condição de saúde delicada”, disse o diretor.

Os trabalhos da equipe de perícia da Polícia Civil devem ser retomados amanhã. O subsolo do hospital está totalmente alagado por conta do combate às chamas. A água terá que ser drenada para que as equipes prossigam na investigação das causas do fogo, que teria, segundo os primeiros relatos, se iniciado em um gerador de energia.

Prefeito decreta luto de três dias

Os corpos das pessoas mortas no incêndio que atingiu o Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira (12), já estão no Instituto Médico-Legal (IML). Parentes de algumas vítimas também estão no local acompanhando o processo de identificação e perícia.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos dez pessoas perderam suas vidas durante o incidente. Uma delas foi Luzia dos Santos Melo, de 88 anos, que estava internada com pneumonia no CTI do hospital, segundo informações de seu filho Emanuel Ricardo.

Ele contou que o CTI foi afetado por uma fumaça e um cheiro de diesel, possivelmente proveniente da queima do combustível do gerador de energia do hospital, já que a hipótese inicial é que o fogo tenha começado com um curto-circuito no equipamento.

“Houve uma explosão muito grande e dessa explosão veio uma fumaça muito forte. Não teve fogo [no CTI], teve fumaça e um cheiro forte de diesel. Até que uma médica disse que tinha que tirar os pacientes. Minha mãe estava no boxe 2 e praticamente foi a última a sair daquele lugar”, contou.

A Polícia Civil informou que as circunstâncias do incêndio estão sendo investigadas pela Delegacia da Praça da Bandeira (18ª DP) e que a perícia está sendo realizada no local.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, visitou o hospital na manhã desta sexta-feira (13) e decreto luto de três dias. Segundo ele, um incêndio criminoso não está descartado e tem que ser investigado. “A cena é das mais tristes do mundo. Tudo preto. Uma fuligem no chão, que a gente imagina que seja de forro que pegou fogo. O prédio está completamente negro”, disse.