Começa obra de abastecimento de água em São Gonçalo

Mais de 300 imóveis no Pita, em São Gonçalo, terão abastecimento de água potável da Companhia de Distribuição de água e Esgoto (Cedae) em breve. Começou ontem a obra de extensão da rede na Rua Doutor Olavo Lamego, o primeiro plano iniciado pelo assessor especial de projetos de água potável da empresa e morador do município, Dejorge Patrício. O investimento na área é de R$ 200 mil. Ao todo, os projetos pensados para São Gonçalo ficam em R$ 40 milhões.

A previsão é que a obra, que levará a tubulação da rede de água da Cedae para toda a Rua Doutor Olavo Lamego, termine em aproximadamente um mês. Dejorge explica que, com a iniciativa, que também instalará um booster, ou seja, uma bomba gigante, os moradores terão acesso a um serviço de fornecimento de água de qualidade, com a instalação dos hidrômetros.

"A água vinha precariamente de outro bairro, com canos quebrados, mal chegava aqui. O gonçalense quer se regularizar, pagar seus impostos, mas ele precisa que o serviço essencial seja levado a sua casa, como esgoto, água e iluminação", afirma.

A ideia para este projeto começou há quatro meses, após uma conversa de Patrício com moradores da rua, entre eles o comerciante e líder comunitário, Rodrigo Duarte, de 39 anos. Nascido no bairro, ele aponta que moradores sofrem com a falta d'água há cerca de 25 anos. Por conta disso, eles precisam bombear água de bairros vizinhos, como Zumbi, para terem acesso ao serviço, aumentando despesas com a energia elétrica.

"Será instalado o cano da Cedae em toda a rua, beneficiando e legalizando todos os moradores, mais de 300 imóveis. É uma alegria. Peço a Cedae que olhe com carinho para os moradores da rua, pois alguns têm dívidas com a empresa, mas se nem a tubulação tinha, como chega a conta de água? Não é justo pagar se não tem o abastecimento. Agora, a partir do projeto sim, vão ter a conta pra contribuir", comentou o morador.

Dejorge está na função de assessor especial de projetos de água potável da Cedae há aproximadamente seis meses, após ser convidado pelo governador Wilson Witzel. O objetivo é usar a experiência de morador de São Gonçalo para solucionar os problemas históricos de precariedade do fornecimento de água. Até o momento, 16 projetos de curto, médio e longo prazo já foram aprovados.

"São Gonçalo tem uma carência muito grande, uma deficiência há anos. Muitas casas caem água de maneira precária e, em algumas, nem cai. Através de planejamento, junto a Cedae e ao Governador, estamos desenvolvendo vários projetos para vários bairros", ressaltou.

Em breve, terá início as obras de implantação e ampliação da rede de água da localidade Alecrim, em Monjolos, onde serão instalados oito quilômetros de rede, e do Arrastão, que terá estendido mais cinco quilômetros de rede, a partir de novembro.

"No Alecrim é ainda mais precário, não tem tubulação e muitos moradores ainda usam poço. Começaremos em, no máximo, duas semanas. Esse ano muitos projetos, que já estão em fase de licitação, vão acontecer, assim como no início do ano que vem e outros no restante do ano", pontuou.

Projetos - Além destes, Dejorge também promete pôr em prática os programas de desenvolvimento operacional do sistema de abastecimento de água nas ruas Joá, Acelina da Costa Pimentel e Obed Goulart Luz, no bairro Eliane. Também estão previstas melhorias de abastecimentos para os bairros Novo México, Vila Iara, Boaçu e Mutondo.

Outro projeto, que vai beneficiar mais de 100 mil pessoas, é a instalação de uma booster, uma bomba gigante que vai jogar um volume maior de água para o reservatório. O local escolhido foi a Praça Leonor Correa, conhecida como Praça da Trindade. O investimento será de quase R$ 10 milhões.

Também há previsão de abertura de mais uma loja comercial da Cedae em São Gonçalo, em Alcântara, para descentralizar e dar prioridade no auxílio à população da região. O objetivo é diminuir as filas e melhorar o atendimento direto ao público.

São Gonçalo também terá, em breve, a circulação de três carros combinados, os caminhões vac all, que desentopem os esgotos da cidade, além de um programa chamado Centro de Controle Operacional (CCO) que vai dar mais eficiência no atendimento ao consumidor, como, por exemplo, em problemas de vazamento.