Luta contra a dengue ganha reforço

O prefeito Rodrigo Neves e o ministro Mandetta no evento no Fonseca - Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói

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O prefeito Rodrigo Neves e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participaram ontem da liberação dos chamados "mosquitos do bem" na Clínica Comunitária da Família Dr. Antônio Peçanha, na Rua Teixeira de Freitas, no Fonseca. A tecnologia já se mostrou promissora no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya). A cidade de Niterói é pioneira no uso da nova técnica de prevenção que já abrange 90% do território.

Os insetos infectados com a bactéria Wolbachia já foram liberados em 33 bairros de Niterói e ajudaram na redução, ano passado, de 90% nos casos de Chikungunya na cidade. A tecnologia inibe a transmissão de doenças que atingem o ser humano.

As primeiras liberações dos mosquitos contendo Aedes aegypti com Wolbachia no Brasil ocorreram em 2015 nos bairros de Jurujuba em Niterói e Tubiacanga na Ilha do Governador. Em 2016 a ação foi ampliada em larga escala em Niterói e em 2017 no município do Rio de Janeiro. Além do Brasil, também desenvolvem ações do programa países como: Austrália, Colômbia, Índia, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã, e as ilhas do oceano pacífico Fiji, Kiribati e Vanuatu.

O ministro da Saúde disse que a experiência bem-sucedida em Niterói será levada para outras regiões do país

"Belo Horizonte, Petrolina, Fortaleza, Manaus, Campo Grande e Foz do Iguaçu, que representam as características de cada região do país, serão as próximas cidades a receberem os insetos com a bactéria Wolbachia para vermos como eles funcionam em outros climas. Vamos aumentar a capacidade de produção dos insetos. Vamos trabalhar também com outras tecnologias, como a vacina contra a dengue, que está sendo testada no Instituto Butantan, em São Paulo, para alcançarmos bons resultados, como os conseguidos aqui em Niterói", disse o ministro Luiz Henrique Mandetta.

Risco - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou para o risco de surgimento de novos casos de dengue no Rio de Janeiro neste verão, com a entrada do novo sorotipo 2, que circulou no ano passado no estado de São Paulo, em Minas Gerais e em estados do Centro-Oeste. Segundo o ministro, o risco no Rio é que esse sorotipo há muito tempo não circula no estado. A última vez foi em 2008 e, por isso, muitas pessoas que não entraram em contato com o vírus, não têm imunidade.