Cerca de 100 pescadores da orla da Baía de Guanabara, na manhã desta segunda-feira (16), reuniram-se em protesto a falta de pagamento da indenização pelo derramamento de óleo pela empresa Petrobras no ano 2000. Eles seguiram da Estação das Barcas na Praça Arariboia, no Centro de Niterói, até a Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj), na Ponta D'Areia.
Um duto da Petrobras, que ligava a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador, rompeu-se provocando um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível nas águas da baía. A mancha se espalhou por 40km². O vazamento afetou milhares de famílias que viviam da pesca e de atividades ligadas ao pescado, além de contaminar grande parte do ecossistema de mangues no entorno.
O desastre ambiental foi considerado um dos maiores acidentes ambientais do Brasil.
No mesmo ano do acidente, a Feperj entrou com uma ação coletiva na Justiça cobrando danos morais entre R$ 60 e 90 mil por ter prejudicado cerca de 12 mil pescadores. Segundo os manifestantes, a exclusão dos pescadores que não receberam o pagamento da indenização teria sido feita de modo arbitrário e unilateral.
Pescadores da Baía de Guanabara fazem protestos no Centro de Niterói
Protesto seguiu até a Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro, na Ponta D'Areia - Foto: Foto do leitor: Paula Máiran
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