Mudança de horário nas barcas é adiada pela terceira vez

A CCR Barcas adotou procedimentos operacionais e de informação para a prevenção do aumento no número de casos de coronavírus no estado do Rio - Foto: Alex Ramos

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A mudança na programação das viagens das linhas Arariboia, Paquetá e Cocotá foi adiada pela terceira vez. Agora, o novo prazo dado pela concessionária CCR Barcas, que opera o serviço de travessia aquaviária do Estado, é o dia 25 de janeiro. A empresa, no entanto, não explicou o motivo da prorrogação. Nesta quarta-feira (15), acontece a audiência especial solicitada pela Justiça para tratar do assunto e discutir possíveis soluções para o impasse.

Inicialmente, as mudanças no intervalo entre as viagens iriam ocorrer no dia 30 de dezembro do ano passado para as linhas Paquetá e Cocotá, e dia 2 de janeiro para a linha Arariboia. No entanto, o anúncio das medidas - autorizadas pela 6ª vara da Fazenda Pública e confirmada pelo Tribunal de Justiça -, foi questionado por diversos órgãos e usuários, o que causou os adiamentos.

A alteração consiste no aumento do intervalo de 10 para 15 minutos na travessia Praça XV - Arariboia, durante os horários de rush. Os passageiros com destino a Paquetá sairiam mais prejudicados: o tempo de viagem pode passar de 50 minutos para 1h50, por conta da parada obrigatória em Cocotá. Por conta disso, usuários das barcas alegaram que a mudança poderia afetar os serviços em Paquetá, como a Saúde e a Educação, por exemplo. A barca é o único meio de transporte público para os moradores e prestadores de serviço da ilha. 

A Justiça determinou a realização de uma audiência especial, que acontece nesta quarta-feira (15), para tratar da possibilidade de horário e trajeto das barcas. Na ocasião serão apresentadas as sugestões e contrapropostas dos usuários que terão a rotina afetada por essas mudanças, colhidas por intermédio da Defensoria Pública do Estado do Rio.

A CCR chegou a ser notificada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários (Agetransp), que alegou não ter sido notificada oficialmente sobre o início das mudanças. A empresa, então, levou a notificação à Justiça para solicitar a intimação formal do Estado e da Agência para o cumprimento da decisão judicial.

A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) também questionou a operação e encaminhou um requerimento de informações à Secretaria de Estado de Transportes (Setrans). A intenção é que a concessionária explique os motivos que a levaram a tomar tal decisão.