Fazenda Colubandê pode ser restaurada ainda neste ano

Fazenda Colubandê, que já abrigou o Batalhão Florestal da PM, encontra-se atualmente abandonada - Foto: Alex Ramos

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O processo de restauração do casarão e da capela da Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, poderá, enfim, sair do papel nos próximos meses. O projeto já foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e está em fase de orçamento e planejamento executivo das obras. A previsão é que a recuperação seja iniciada no segundo semestre deste ano.

A reforma da Fazenda, marco da arquitetura colonial do século XVII, é uma antiga reivindicação dos moradores ao entorno. Após a descentralização de recursos da secretaria de estado de Fazenda para a Empresa de Obras Públicas (Emop) do Estado do Rio de Janeiro, a empresa dará continuidade à elaboração do projeto de restauração do local. A resolução conjunta da secretaria e da Emop foi publicada no Diário Oficial do Estado no mês de fevereiro e possibilita a reativação do contrato original.

 O projeto contempla todos os pontos danificados pelo tempo, assim como os procedimentos previstos na legislação pertinente aos bens tombados, mantendo as características espaciais e construtivas originais do local. 

Em janeiro deste ano, durante a cerimônia de inauguração do programa Segurança Presente em São Gonçalo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou a reativação do Comando de Polícia Ambiental do Estado (CPam) na Fazenda Colubandê. Na ocasião, Witzel declarou que estudos seriam feitos para o retorno do batalhão.  A unidade funcionou no local de 1986 a 2012, quando atendia pela nomenclatura de Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente (BPFMA). Desde a desativação do batalhão, há seis anos, toda a região da Fazenda Colubandê ficou abandonada

História - A Fazenda Colubandê é parte da sesmaria doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves que teve seu engenho vendido ao cristão Ramirez Duarte de Oliveira.

Em 1713, a fazenda foi confiscada pela igreja e entregue aos jesuítas. O casarão grande foi construído em torno de um poço do século 17, de acordo com a tradição judaica, e não segue um estilo padrão, pois foi sendo reformado ao gosto de cada dono. O teto tem estilo oriental, as janelas mostram influência da época de Luís XV e o entorno da varanda possui 16 colunas em estilo greco-romano, com conversadeiras entre as colunas.

O casarão-sede, de estilo jesuítico e características mouras na parte de cima, foi erguido ao lado da capela de Sant'anna. Datada de 1618, foi construída em homenagem a Nossa Senhora de Montserrat. Passou por reformas em 1740, quando foram instalados nas paredes da capela-mor dois painéis de azulejos portugueses em estilo barroco-rococó. Um mostra a imagem de Sant'Ana, mãe da Virgem Maria, ensinando-a a ler, e outro retrata o pedido de casamento de São Joaquim e Sant'anna, avós de Cristo.

História

A Fazenda Colubandê é parte da sesmaria doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves que teve seu engenho vendido ao cristão Ramirez Duarte de Oliveira. Este chegou a mudar de nome para fugir da Inquisição.


Em 1713, a fazenda foi confiscada pela igreja e entregue aos jesuítas. O casarão grande foi construído em torno de um poço do século 17, de acordo com a tradição judaica, e não segue um estilo padrão, pois foi sendo reformado ao gosto de cada dono. O teto tem estilo oriental, as janelas mostram influência da época de Luís XV e o entorno da varanda possui 16 colunas em estilo greco-romano, com conversadeiras entre as colunas.


O casarão-sede, de estilo jesuítico e características mouras na parte de cima, foi erguido ao lado da capela de Sant’anna. Datada de 1618, foi construída em homenagem a Nossa Senhora de Montserrat. Passou por reformas em 1740, quando foram instalados nas paredes da capela-mor dois painéis de azulejos portugueses em estilo barroco-rococó. Um mostra a imagem de Sant’Ana, mãe da Virgem Maria, ensinando-a a ler, e outro retrata o pedido de casamento de São Joaquim e Sant’anna, avós de Cristo.