Ônibus de Niterói e São Gonçalo são sanitizados

Viação Mauá iniciou a sanitização de seus veículos nesta quarta-feira - Foto: Marcelo Feitosa

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A Viação Mauá, que opera nos municípios de São Gonçalo e Niterói, em parceria com o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), iniciou nesta quarta-feira (25) a sanitização de todos os 522 ônibus de suas 20 linhas municipais e intermunicipais, inclusive os veículos que atendiam à capital, serviço suspenso temporariamente por determinação do Governo do Estado. A medida busca dar mais segurança para motoristas e passageiros, evitando o contágio coletivo por doenças transmitidas por vírus, entre elas o coronavírus (Covid-19). A ideia é que seja estendida para todas as empresas do Leste Fluminense.

A Soluções Ambientais em Sanitização (SAS), empresa contratada para o serviço, divulga que o produto utilizado para a sanitização dos veículos é um Quaternário de Amônio de Quinta Geração. Embora fabricado no Brasil, é, de acordo com a companhia, o mesmo desinfetante usado pelo governo chinês na assepsia de espaços públicos nas cidades daquele país contaminadas em larga escala pelo coronavírus.

A sanitização de todos os ônibus da Mauá, a primeira, ainda segundo a empresa, feita em uma companhia de ônibus brasileira, será concluída em 15 dias. O produto, conforme anuncia a SAS, cria uma película protetora, que mata o vírus e sua ação dura entre três e seis meses. Nesta quarta-feira, técnicos da empresa iniciaram o trabalho na garagem da Mauá, em São Gonçalo.

O presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, afirma que o sindicato está orientando os rodoviários a reforçarem as medidas de higienização pessoal e evitarem o contato direto com os passageiros.

“O uso do álcool gel, além da sanitização, é vital nesse momento, pois, com os motoristas tendo que receber dinheiro, o contato com a doença é inevitável, mas pode ser controlado. Solicitamos às prefeituras e ao Governo do Estado, que incluam os rodoviários na lista de atividades essenciais para que eles ganhem uma proteção maior do poder público”, diz Rubens.

As empresas de ônibus de Niterói, São Gonçalo e Maricá estão operando com apenas 10% a 15% de sua frota, em consequência das medidas de isolamento social adotadas pelos governos, que provocaram forte impacto em sua arrecadação. Nesta terça-feira (24/3), rodoviários das viações 1001, Ingá, Araçatuba, Rio Ouro, Galo Branco e Estrela decidiram, em assembleias, aderir ao programa de revezamento por escala de dez dias, recebendo o salário correspondente aos dias trabalhados, uma medida para evitar demissões em massa no setor. Ao todo, 28 empresas de transporte de passageiros do Leste Fluminense estão atuando por escala.

“Os governos precisam apoiar financeiramente os rodoviários. O impacto das medidas de isolamento coletivo está causando uma grande crise social no setor. Quanto maior o prazo do isolamento, maior será o dano”, destaca Rubens Oliveira.