Cai fluxo nos supermercados do Rio, mas delivery aumenta

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Em função da pandemia do novo coronavírus, o fluxo de clientes dentro dos supermercados fluminenses caiu 11% no período de 12 de abril a 11 deste mês, confirmando a tendência já observada no período anterior de 12 de março a 11 de abril. "As pessoas estão indo menos aos pontos de venda, mas estão comprando mais itens", disse ontem o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz. O número de itens comprados pelos consumidores subiu de 9 para 12 no mês passado. "A pandemia está sendo cada vez mais respeitada pelo cidadão, que se concientiza e vai menos às lojas".

A redução do fluxo está relacionada ao crescimento das vendas online (pela internet) e delivery (entrega ao cliente), porque as pessoas começam a comprar somente o necessário. A demanda por compras em delivery já havia crescido 56% em março, em relação a fevereiro, e registrou agora expansão de 114%, envolvendo pedidos por e-mail, Whatsapp e telefone. Já as compras online, feitas nos sites das redes, que já haviam evoluído 124%, voltaram a crescer 94% em abril.

Segundo Fábio Queiróz, esse tipo de movimento de compras veio para ficar. "Nós estamos muito mais preparados, as reclamações diminuíram muito em relação aos serviços. É um legado da pandemia aprender a trabalhar com esses serviços. É o melhor espaço para o momento", avaliou.

Os dois serviços funcionaram como um reforço de vendas para os supermercados, mas o presidente da Asserj não tem dúvida que eles vão permanecer após a pandemia. Não haverá, contudo, substituição do atendimento presencial nas lojas. "A gente vai precisar melhorar o atendimento do serviço nas lojas físicas também", indicou.

Faturamento - Em relação a faturamento, o balanço apresentado hoje pela Asserj revela queda de 4%, comparando março com abril. "Quanto mais tempo demorar a pandemia, a população estará com menos renda e isso reflete nas gôndolas dos supermercados", comentou Queiróz. No primeiro mês da quarentena, as vendas subiram 21%.

Fábio Queiróz destacou que em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento do faturamento da ordem de 15%. As vendas da Páscoa contribuíram muito para esse resultado, a partir da oferta de produtos para todos os gostos e bolsos, observou.

Os artigos mais procurados no período de 12 de abril a 11 de maio nos supermercados fluminenses foram produtos de higiene e limpeza, alimentos congelados, produtos da cesta básica, água e sucos. "Isso mantém uma procura mais alta". Em abril, a surpresa foi a procura por doces, com o mel disparando na liderança (alta de 128%), além de caixas de bombons e biscoitos recheados. "O hábito do consumidor na pandemia mudou muito", disse Queiróz.