Wilson Witzel nega desvios de recursos e ataca o presidente

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Durante a manhã desta terça-feira (26), enquanto a Polícia Federal realizava a Operação Placebo no Rio, jornalistas questionaram o presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada sobre a ação.

"Parabéns à Polícia Federal. Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal, tá ok?", disse o presidente.

Recentemente, quando divulgado vídeo de uma reunião ministerial em 22 de abril, Bolsonaro chamou Witzel de "estrume". Os dois são considerados inimigos políticos.

Quando questionado sobre a entrevista que a deputada Carla Zambelli deu, que antecipando operações da PF que seriam realizadas, Bolsonaro disse: "Pergunta para ela".

Troca de farpas - As deputadas federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP) protagonizaram um bate-boca pelo Twitter, na manhã desta terça-feira (26). O motivo foi a Operação Placebo, que cumpriu mandados de busca e apreensão em residências ligadas ao Governador do Rio, Wilson Witzel.

A psolista questionou Zambelli sobre ela supostamente possuir informações antecipadas sobre a ação, que foi deflagrada na manhã desta terça. A deputada bolsonarista afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha, na segunda-feira (25), que aconteceriam operações contra governadores, que poderiam ser apelidadas como "Covidão".

"A deputada federal Carla Zambelli saber antecipadamente de operações da Polícia Federal 'contra governadores' é grave. Como a deputada sabe? E por que ela sabe? As relações da cúpula do governo Bolsonaro e a PF estão cada vez mais promíscuas e precisam ser explicadas", publicou Talíria.

Carla Zambelli respondeu de forma ríspida à deputada fluminense, a chamando de "defensora de maconheiro". Além disso, a parlamentar paulista ironizou o questionamento afirmando que se tivesse tais informações, chamaria a operação de "estrume", em referência ao xingamento feito pelo presidente Bolsonaro à Witzel, durante reunião ministerial no dia 22 de abril.

"Se eu tivesse informações privilegiadas e relações promíscuas com a PF, a operação de hoje seria chamada de 'Estrume' e não 'Placebo'. Está aí sua explicação, defensora de maconheiro", publicou Zambelli.

Ainda na manhã desta terça, Carla Zambelli concedeu entrevista à CNN Brasil para comentar sobre o tema, e demonstrou arrependimento por sua fala à Rádio Gaúcha. "Agora vendo a repercussão negativa, se pudesse voltar atrás, talvez não teria dito. Mas minha consciência está muito tranquila", disse a deputada.

Talíria Petrone voltou a se pronunciar sobre o assunto, em seu Facebook, e cobrou respostas sobre Zambelli supostamente saber, de forma antecipada, sobre operações. "É fundamental a investigação dos contratos para a construção dos hospitais de campanha no Rio de Janeiro. Mas queremos também [entender] porque Carla Zambelli sabe de operações da Polícia Federal antecipadamente", concluiu.