Witzel afirma que investigação da PF partiu do Procurador Geral da República com aval de Bolsonaro

Governador do Rio de Janeiro se diz vítima de perseguição política - Foto: Reprodução/TV Globo

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O governador Wilson Witzel afirmou ter recebido informações de que as investigações da Operação Placebo partiu do Procurador Geral da República com permissão do presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada durante entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, na manhã desta quarta (27).

"Não tenho nada a esconder e absoluta convicção de que é uma perseguição política. Vou tomar providências junto ao Senado da República e ao Conselho Nacional do Ministério Público porque chegou ao meu conhecimento que essa investigação partiu de dentro do gabinete do Procurador Geral da República com aquiescência do presidente da República. Uma narrativa fantasiosa, em que a busca e apreensão não resultou em absolutamente nada. Vamos desmontar isso tudo", garantiu o governador.

Na manhã desta quarta-feira (27), na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Polícia Federal irá realizar novas operações nos estados.

Assim como Witzel, a primeira-dama, Helena Witzel, é um dos alvos da operação da Polícia Federal. As investigações apontam que existem contratos do escritório de Helena, que é advogada, com empresas que atendem o Governo do Estado. Helena Witzel teria recebido, segundo as investigações da Polícia Federal, R$ 105 mil de uma dessas empresas.

"A Helena não tem nenhuma empresa que mantém contratos com Governo do Estado, esse é inclusive um dos cuidados que ela tinha para exigir que qualquer cliente que tivesse relação assinasse uma declaração. Isso tudo será apresentado. Ela está preparando a defesa e nos próximos dias vai marcar um depoimento para apresentar os documentos", afirmou Witzel.

Quando questionado sobre a avaliação que tinha sobre o combate ao covid-19 no Rio, o governador disse ser positivo. De acordo com boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de terça-feira (26), são 40.024 casos confirmados e 4.361 óbitos por coronavírus no estado.

"Avalio como positivo o combate ao coronavírus. Quando começou o lockdown não tínhamos leitos de covid. Fizemos várias ações, suspendemos a fila de cirurgias eletivas, abrimos 1.400 leitos, estamos abrindo os hospitais de média e alta complexidade para atender esses pacientes. Se olhar o gráfico de ações, podemos ver a quantidade de vidas que salvamos", disse o governador.