Rotina de adiamentos nos hospitais

Hospitais de campanha não chegaram a serem usados em sua totalidade na pandemia - Foto: Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro

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Os seis hospitais de campanha do estado que ainda não foram inaugurados serão administrados por uma federação de hospitais particulares. O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) só ficará responsável pela administração da unidade do Maracanã, mas deverá terminar as obras e equipar todos os outros hospitais restantes no contrato, sob supervisão da Secretaria de Estado de Infraestrutura. Essa decisão foi tomada durante uma reunião, que durou cerca de duas horas, entre o Governo do Estado e o instituto, na tarde desta sexta-feira (29). Não foi informado, no entanto, os novos prazos de entrega dessas seis unidades.

De acordo com Elsidio Emílio Cavalcanti, diretor de engenharia do Iabas, a unidade de São Gonçalo, por exemplo, já está com tudo pronto para receber pacientes, mas estariam faltando profissionais. Segundo o Iabas, 15 médicos que estavam em visita à unidade no dia da invasão do deputado estadual Filippe Poubel (PSL) desistiram de trabalhar lá por conta da situação. O Cremerj alegou que não há qualquer reclamação da falta de médicos na unidade e, inclusive, teriam médicos atrás de emprego.O Iabas também alegou que o terreno onde foi construída a unidade, no Clube Mauá, tinha problemas de alagamento, o que precisou ser resolvido.

Além disso, para funcionar com segurança, o Hospital de Campanha de São Gonçalo, tendo 80 leitos de CTI, deveria contar com 80 respiradores, mas no momento existem apenas dez para atender os pacientes.

Ainda segundo o Iabas, existem 130 respiradores no Aeroporto Internacional do Galeão aguardando liberação da Receita Federal e da Anvisa para serem entregues.

Segundo Elsidio, os próximos hospitais previstos para serem inaugurados são os de Caxias e Nova Iguaçu. De acordo com informação do diretor, a unidade de Nova Iguaçu, que tinha previsão de abertura para ontem, deverá ficar pronta até, no máximo, a próxima terça-feira. A de Caxias, porém, é um pouco mais complexa, segundo o instituto, porque o terreno é pequeno e por causa do volume de chuvas durante a construção, o que causou muitos imprevistos. Dessa forma, o diretor estima que a parte de engenharia da unidade deve ser concluída entre os dias 3 ou 4 de junho. n