Prefeitura do Rio promove 1º festival virtual de arte marcial para alunos das vilas olímpicas

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Mais de 50 alunos estão participando do torneio enviando vídeos com suas técnicas

Imagine uma disputa virtual na qual os praticantes de karatê demonstram formas de lutas imaginárias - e o nome dessa sequência de movimentos com técnicas de ataque e defesa chama-se kata. Para dar um golpe na monotonia da garotada durante a quarentena provocada pelo novo coronavírus, a Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Esporte e Lazer (Subel), lançou nesta semana o 1º Festival de Kata das vilas olímpicas. Mais de 50 alunos, de 9 até 17 anos, se inscreveram.

Como o torneio não é presencial, os participantes têm até o fim do mês para fazer seus vídeos em casa e enviar para avaliação de uma banca de professores de Educação Física, que vai eleger os melhores. O festival é uma iniciativa da coordenadora e professora Carolina Torres, há quase dois anos trabalhando na Vila Olímpica do GREIP, na Penha, sem deixar de lado um dos propósitos do esporte: a integração social.

"Sempre tive o sonho de unir as vilas olímpicas e, com a quarentena, surgiu essa ideia, que imediatamente virou um projeto. É uma realização pessoal. Mesmo à distância, o karatê juntou os alunos. Por isso, sempre digo: o karatê é mais do que um esporte, é uma filosofia de vida", disse Carolina Torres, de 37 anos, que desde os 8 pratica a arte marcial.

Além do GREIP da Penha, estão participando os alunos de mais seis equipamentos esportivos da Prefeitura: a Vila Olímpica Carlos de Castilho, no Alemão; a Vila Olímpica Professor Manoel José Gomes Tubino, no Mato Alto; a Vila Olímpica Aldo Micolis, no Encantado; a Vila Olímpica do Vidigal; a Vila Olímpica da Maré; e a Vila Olímpica Polo Jardim Bangu.

"Tem criança se virando para enviar o vídeo. É uma dedicação fantástica, muito bonito de se ver. Esse evento cria motivação para todos em meio a esse momento tão difícil. O número de participantes é bem expressivo e já tem alunos adultos querendo disputar a próxima edição", declarou a professora, que atua desde 2014 nas vilas olímpicas.