Rio recebe novos respiradores

Dia dos Avós deve movimentar R$ 718 milhões na economia fluminense, aponta Fecomércio - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, recebeu na madrugada de ontem, no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, 162 novos respiradores, dos 726 comprados na China. Essa nova leva chegou em mais um voo da Latam, às 3h30."Com mais esses 162 respiradores, poderemos equipar ainda mais a nossa rede municipal de saúde e abrir mais leitos (já foram 1.252 abertos desde o início da pandemia). E vamos poder ajudar outras cidades e outras redes de saúde", afirmou.

O novo lote que chegou à cidade contém, além dos 162 respiradores, 120 monitores, indispensáveis para equipar UTIs. Uma grande quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) também desembarcou: são mais de 440 mil máscaras N95 e 600 mil toucas.

As unidades da rede já estão abastecidas com EPIs - o que proporciona segurança e condições de trabalho aos profissionais de saúde, assim como atendimento adequado aos pacientes. A nova remessa garante que o município mantenha estoques suficientes para o enfrentamento de todas as etapas desta crise sanitária.

Até agora, já chegaram respiradores, carrinhos de anestesia, tomógrafos - que são imprescindíveis para detectar a doença logo em seu início e proporcionar mais agilidade e cuidados na cura da covid-19 - e mais de 1,5 milhão de máscaras. Também chegaram ao município 110 aparelhos de Raio X digital e 20 autoclaves de 100 litros.

Ao todo, são 160 toneladas de equipamentos. O investimento da Prefeitura é de R$ 370 milhões na renovação do parque tecnológico das unidades de saúde da rede municipal. Foram comprados mais de 18 mil itens, entre eles 27 tomógrafos.

Ações - A chegada desses novos equipamentos permitiu que a Prefeitura aumentasse a capacidade de acolhimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Já foram abertos 1.252 leitos exclusivos para o tratamento da covid-19, desde o início da pandemia. Deste total, 248 são leitos de UTI.

Atualmente, o número de leitos é superior à demanda por vagas para tratamento da doença. Com isso, não há mais fila de espera para transferências e as pessoas que precisam de um leito têm vaga garantida.

O prefeito tem feito uma série de entregas de tomógrafos em diferentes pontos do Rio, como parte da estratégia para ampliar o combate ao novo coronavírus e reforçar a proteção da população contra a covid-19.

Leitos - A secretária de saúde, Beatriz Busch, informou que a cidade tem ocupação de 87% nos leitos de UTI, e de 51% nos de enfermaria. Além disso, há 34 pessoas em processo de transferência para ocupar parte dos 93 leitos de UTI disponíveis.

"É isso que nos dá neste momento a possibilidade de continuar esse planejamento para reabertura", disse ela, que anunciou que, a partir do dia 18, o município iniciará a retomada de consultas, exames e cirurgias eletivas.

O prefeito do Rio apresentou números de sepultamentos na cidade em junho, e afirmou que o número de mortes neste mês vem aumentando em um ritmo menor que em maio. Crivella disse que a cidade costuma registrar cerca de 5,5 mil sepultamentos em média, e esse número chegou a 10,2 mil em maio, com 2.122 mortes por suspeita de covid, 1.903 mortes em que a doença foi confirmada e 1.356 mortes em que a causa mortis informada foi síndrome respiratória.

Em junho, a média de sepultamentos por dia na cidade estaria em 238 por dia até ontem, ritmo que, se for mantido, fará o Rio passar de 7 mil mortes no fim do mês, com 1,5 mil a mais que a média histórica de 5,5 mil sepultamentos, mas abaixo do que foi registrado em maio.

Flexibilização - Antes da decisão judicial que suspendeu parte das medidas que flexibilizaram o isolamento na capital e no Estado, Crivella havia informado que não seguiria, de imediato, as recomendações anunciadas por Wilson Witzel.

"As recomendações que o governo do estado nos fez serão atendidas dentro da ordem cronológica e dos parâmetros que foram estabelecidos antes", disse Crivella, que afirmou ter uma preocupação grande com a piora dos números, que levaria a retroceder o desconfinamento. "Uma abertura ampla, geral e irrestrita poderá nos levar a uma situação que não queremos ter de novo, que é aquela situação de maio, com 4,7 mil óbitos a mais". (Com Agência Brasil) n