UFRJ descarta volta à 'normalidade'

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) completa, hoje, 90 dias de aulas presenciais suspensas. Em carta se posicionando sobre a volta das atividades, a reitoria informou que não haverá retorno completo às aulas em 2020, enquanto não for disponibilizada uma vacina ou medicamento contra a covid-19. O texto ainda ressalta que a medida visa a garantia da segurança ao corpo social e à população.

Diante desse cenário, a reitoria estuda a possibilidade de retorno progressivo de parte das atividades no formato remoto emergencial, para que o ano acadêmico de 2020 não seja completamente perdido. Para isso, foi constituída a Comissão de Formas Alternativas de Ensino, sob a coordenação da Vice-Reitoria, que estuda as demandas necessárias para a retomada das atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação e extensão.

Recentemente, a UFRJ montou o Grupo de Trabalho Pós-Pandemia, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), para estudar as fases de um retorno gradual e definir os cuidados adicionais necessários à condução segura das atividades. Esse grupo mantém estreita interlocução com o Grupo de Trabalho Multidisciplinar sobre o Coronavirus Disease-19 (COVID-19), composto por especialistas das diferentes áreas da UFRJ. Segundo a universidade, em breve serão propostas as fases para o retorno progressivo na pós-pandemia.

"Pretendemos ter um plano de retorno que seja referência para o estado do Rio de Janeiro, com base no diálogo permanente dentro e fora da comunidade universitária", cita a reitoria.

A universidade ainda garantiu que, mesmo diante desse cenário de incertezas, agirá para concluir o ensino superior, atendendo os anseios dos seus estudantes, dos ingressantes aos concluintes, garantindo, ainda, a qualidade acadêmica.

"No momento, reafirmamos que a institucionalidade está mantida. Nesse sentido, os colegiados superiores da UFRJ (Conselho Universitário (Consuni), Conselho de Ensino de Graduação (CEG), Conselho de Ensino para Graduados (Cepg) e Conselho de Extensão Universitária (CEU)) - todos com representação de professores, estudantes e técnicos-administrativos - têm realizado reiterados debates sobre a transição de parte das nossas atividades para os ambientes virtuais e apresentado propostas para avançarmos na definição das condições e fases a seguir com segurança, garantindo a inclusão, a qualidade das atividades acadêmicas e o apoio psicológico e de saúde mental ao nosso corpo social neste cenário de exceção. É a partir desses consensos e da institucionalidade dos colegiados que estão sendo apresentadas propostas, prazos e resoluções no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Em todas as etapas de enfrentamento desta crise, as decisões colegiadas continuarão a ser respeitadas", diz um trecho da carta divulgada pela reitoria.

A UFRJ tem atuado no protagonismo de ações fundamentais para a população do estado do Rio de Janeiro, da Baixada Fluminense à Litorânea, nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Macaé e municípios vizinhos. Nesses três meses, a universidade realizou mais de 12 mil testes diagnósticos para detecção molecular do novo coronavírus; renovou leitos de CTI e enfermarias e mais de 600 pacientes portadores da covid-19 foram atendidos em seus hospitais; além de produzirem mais de 60 mil litros de álcool 70 e álcool em gel.