Preocupação na hora de votar

Escolas públicas e particulares, que serão utilizadas no dia da eleição, já estão sendo sanitizadas por conta do sinal verde para o retorno às aulas presenciais - Foto: Fernando Pessanha/Colaboração

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Clubes, ginásios, escolas… uma vez a cada dois anos estes e outros locais têm sua finalidade modificada para receber a festa da democracia. Em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus, além das adaptações necessárias para a votação, a higienização também deve receber atenção ainda maior do que em pleitos anteriores. A votação irá contar com um protocolo sanitário inédito. Segundo o pesquisador e médico infectologista da UFRJ, Edimilson Migowski, a sanitização das zonas eleitorais viria como um elemento a mais para garantir a segurança de eleitores e voluntários.

"A sanitização é um elemento desejado que vai fazer com que as pessoas que estejam lá tenham um risco menor de exposição. O mesário, presidente de mesa e fiscais devem manter distanciamento, ter seus próprios EPIs porque vão lidar com centenas de pessoas num único dia", afirmou o médico.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou, no começo do mês, uma série de cuidados sanitários para eleitores e mesários. Todas as seções eleitorais terão álcool em gel para limpeza das mãos dos eleitores antes e depois da votação, e os mesários receberão máscaras, face shield (protetor facial) e álcool em gel para proteção individual. Cartazes serão afixados com os procedimentos a serem adotados por todos.

Outra novidade importante é que, neste ano, o tempo de votação será ampliado em uma hora e começará mais cedo: será das 7h às 17h. Porém, o horário das 7h às 10h é preferencial para maiores de 60 anos. Os demais eleitores não serão proibidos de votar neste horário, mas devem, se possível, comparecer a partir das 10h, respeitando a preferência.

O infectologista Edimilson Migowski afirma que a ampliação do horário de votação é uma medida positiva e também sugere outros métodos de prevenção ao contágio. "Cada zona eleitoral tem suas próprias características. Você pode não fazer só a sanitização mas higienizar o ar condicionado, sistemas de ventilação, manter a sala arejada, aumentar o tempo de votação, tentar fazer com que haja um espaçamento maior entre as pessoas que vão votar. Caso não esteja chovendo, ficar em locais abertos", pontuou.

Cuidados pessoais - O médico também detalhou uma série de cuidados pessoais que os eleitores devem tomar no dia da eleição. "Evitar aglomerações; buscar horários de menor fluxo; usar a máscara facial de forma correta; levar seu álcool 70% no bolso e higienizar as mãos com água, sabão e papel toalha se houver; buscar sempre lugares mais arejados do que lugares confinados e escuros", recomendou Migowski.

O médico reforça que, mesmo em ambientes sanitizados, o cuidado com a higienização das mãos, distanciamento social e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) são indispensáveis para eleitores e colaboradores durante as eleições.

"Posso dizer sem medo de errar que o cuidado pessoal vai evitar 80% da transmissão e o ambiente ficaria em torno de 20%. Não dá para não abrir mãos de máscaras, higienização e não aglomerar. A sanitização é um detalhe adicional desejável", destacou.

Escolas - Paralelamente à eleição, instituições de ensino particulares e públicas do Estado do Rio de Janeiro já vêm higienizando seus ambientes por conta da autorização concedida pelo Governo do Estado para o retorno às aulas presenciais a partir de 15 de setembro e 5 de outubro, respectivamente, ficando a critério de cada escola a data de reinício das aulas.