Sindicato apoia retorno às aulas presenciais em Niterói

Entretanto, a volta não acontecerá em todos os municípios do Rio de Janeiro - Foto: Divulgação

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O Sindicato das Escolas Particulares (SINEPE) declarou que apoia o retorno das atividades presenciais, a partir da próxima segunda-feira (21), nas unidades de Niterói. Na última quinta-feira (17), o prefeito da cidade, Rodrigo Neves, anunciou que está autorizado a volta das aulas presenciais para os alunos do Ensino Médio.

As unidades deverão seguir um protocolo de vigilância da saúde escolar, com medidas de higiene e distanciamento, e manter o ensino à distância para os alunos que não optarem pelas aulas presenciais. Os profissionais da educação receberam treinamento especial para implantar os protocolos definidos.

"As escolas associadas, em sua maioria, estão preparadas para este retorno, cumprindo com os protocolos sanitários e de segurança, com as equipes devidamente treinadas e orientadas. Orientaremos que as escolas avaliem suas ações junto com sua comunidade escolar (pais, alunos e colaboradores)", diz a nota do sindicato, que ainda não tem o quantitativo do número de escolas e professores que voltarão na segunda, já que a decisão é de cada instituição e pode ser mudada a qualquer tempo.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, explicou em vídeo divulgado nas redes sociais do Município na noite desta quinta (17) que a decisão foi tomada após dois meses de reflexão e debate no Gabinete de Crise, com a participação de dezenas de técnicos da Saúde e da Educação, e análise das melhores experiências internacionais para implantar medidas de proteção de alunos e profissionais da educação. A autorização vale para as unidades públicas e particulares da cidade.

“Existem vários estudos indicando a necessidade de se desenvolver um modelo híbrido de educação, capaz de manter a opção do ensino à distância e do ensino presencial. Após dois meses de estudo, decidimos pela implantação de um projeto piloto com o Ensino Médio. A partir de segunda-feira, dia 21, vai haver autorização para a retomada das atividades presenciais do Ensino Médio em Niterói, desde que um conjunto de protocolos seja rigorosamente cumprido”, disse o prefeito.

Ele lembrou também que, recentemente, a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota técnica onde reforça a importância de se ter um planejamento para a retomada gradativa e responsável.

“A regulação do Ensino Médio cabe ao Estado, entretanto Niterói tem se destacado por ter protocolos muito bem estruturados. Integramos os vários saberes: da ciência, da epidemiologia, estatística, psicologia, pedagogia, economia, sociologia e a pediatria para desenvolver um caminho seguro que evite o comprometimento do aprendizado de crianças e adolescentes que estão tendo contato com a educação exclusivamente por meios eletrônicos".

No Plano de Transição Gradual para o Novo Normal, a retomada da Educação Infantil (alunos de 4 a 6 anos), Ensino Fundamental (6 a 14 anos) e Ensino Médio (de 14 a 17 anos) seria feita apenas quando a cidade chegasse no amarelo nível 1. Atualmente, a cidade está no estágio amarelo nível 2.

“Nossa preocupação é trabalhar um projeto piloto para que a gente não seja pego de surpresa quando chegarmos ao amarelo nível 1, estágio que estamos próximos de atingir”, analisa o prefeito. “É inaceitável discutirmos a retomada de bares e restaurantes e não discutirmos um plano de retomada da educação, com segurança e seriedade. E foi o que fizemos”.

O prefeito adiantou ainda que a retomada das atividades de Educação Infantil, segmento onde os alunos têm mais dificuldade de usar máscaras e fazer distanciamento social, provavelmente, ficará apenas para o ano de 2021.

Protocolo de vigilância da saúde escolar – Para a retomada das atividades presenciais nas escolas do Ensino Médio, o projeto piloto prevê o cumprimento de uma série de protocolos. As unidades de ensino terão que manter a disponibilidade do sistema de educação à distância para as famílias que fizerem a opção de não enviar seus adolescentes para a escola. Será obrigatório um distanciamento de, pelo menos, um metro e meio entre as carteiras. Professores e funcionários com mais de 60 anos ou que apresentem comorbidades deverão seguir afastados das atividades presenciais.

As escolas deverão fornecer máscaras para professores, funcionários e alunos, além de providenciar a troca deste equipamento a cada duas horas. Será obrigatória a medição de temperatura na entrada das unidades de ensino, além da existência de tapetes sanitizantes e a disponibilização de álcool gel. A presença de agentes de desaglomeração é obrigatória. As escolas deverão manter portas e janelas abertas. Onde isso não for possível, será necessário redobrar a atenção com os protocolos de higiene e refrigeração do ambiente.

A Secretaria Municipal de Saúde capacitou os diretores e gestores das escolas sobre o protocolo de vigilância da saúde escolar e vai monitorar os números de casos de Covid-19 na faixa etária de 14 a 18 anos. As escolas devem comunicar à Secretaria os casos da doença. A autorização para as aulas presenciais no Ensino Médio pode ser revogada de acordo com avaliação do Gabinete de Crise.