Universidades públicas: volta a aulas presenciais indefinida

Pesquisa da Uerj sobre covid-19 no ambiente ganha financiamento da ONU - Foto: Rogério Santana/Divulgação

Educação
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Em meio à pandemia do novo coronavírus, as universidades públicas prosseguem com suas aulas suspensas. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as atividades seguem suspensas por tempo indeterminado, mesmo casso da Universidade Federal Fluminense (UFF). A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) prorrogou a interrupção até o dia 30 de junho.

Ainda em março, a reitoria da UFRJ emitiu comunicado afirmando que, considerando o estágio da pandemia, decidiu manter a suspensão das aulas por tempo indeterminado. No entanto, as nove unidades de saúde da instituição continuam prestando os relevantes serviços à população no combate e prevenção.

Na instância do Conselho de Ensino de Graduação e do Conselho de Ensino para Graduados há grupos de trabalho que estudam questões relacionadas ao calendário acadêmico e assuntos correlatos. No entanto, a instituição segue sem previsão para retorno das atividades.

A UFF informou que ainda não há prazo para retorno presencial e que não é algo que esteja no horizonte de médio prazo. A instituição constituiu um grupo de trabalho para elaborar projeto de retorno seguro para o futuro e propor novos modelos de ensino-aprendizagem para o período atual.

A Uerj prorrogou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas não essenciais até o dia 30 de junho. Alunos, servidores técnicos-administrativos e docentes, bem como terceirizados, devem permanecer em suas residências. Continuam sendo executadas presencialmente, e em esquema de rodízio, atividades administrativas consideradas essenciais e que não possam ser realizadas por meio remoto.

No entanto, tendo em vista a necessidade de se definir com antecedência procedimentos e medidas especiais que protejam a saúde da comunidade acadêmica ao término do isolamento social, a Reitoria estabeleceu que as Pró-reitorias de Graduação e Pós-graduação e Pesquisa apresentassem um planejamento de retorno às atividades acadêmicas regulares dos cursos de graduação, mestrado e doutorado, levando em consideração o diálogo com as coordenações dos cursos e as orientações das autoridades sanitárias e educacionais.

EAD - Uma das soluções para a falta de aulas presenciais são as classes de Ensino a Distância. A Reitoria da UFRJ está fazendo pesquisa junto à comunidade universitária sobre acesso a recursos remotos, que está sendo encaminhado para todos os discentes do ensino básico, graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos e docentes.

O objetivo é coletar informações sobre as condições de acesso domiciliar a recursos remotos do corpo social da Universidade, a fim de traçar a melhor estratégia para a continuidade das atividades acadêmico-administrativas e implantação futura de políticas que permitam uma comunicação remota mais eficaz.

Para a UFF, diante do cenário atual, fica claro que qualquer proposta de retorno às atividades de ensino nos próximos meses deverá utilizar as tecnologias digitais na mediação do processo de ensino-aprendizagem.

A instituição estabeleceu os seguintes princípios gerais para nortear essa discussão: garantia do acesso digital com a necessária inclusão de estudantes com necessidades especiais e com vulnerabilidade social, capacitação quanto ao uso de ferramentas digitais com preservação da qualidade do ensino, além de considerar a diversidade dos cursos de graduação.

Já a Uerj tem se posicionado contra o uso da EAD em disciplinas presenciais. Embora reconheça a importância da educação à distância, e de a modalidade ser usada em vários cursos, a instituição acredita que a migração automática dos atuais cursos de ensino presencial para a EAD traria mais problemas do que soluções por diversos motivos, entre elas a segregação de alguns grupos de alunos que não têm acesso a plataformas digitais, além de que a migração de cursos presenciais para EAD poderiam afetar a qualidade do ensino.