Campeonato de vela agita o fim de semana em Niterói

Ao todo, oito regatas serão realizadas na raia da enseada de Jurujuba em três dias de competição. - Foto: Fred Hoffmann / Divulgação

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Tudo pronto para o 34º Campeonato Brasileiro da Classe Dingue, que se inicia nesta sexta-feira (14) e segue no sábado (16) e domingo (17), no Clube Naval Charitas, em Niterói. Velejadores de diferentes regiões do país já confirmaram presença no evento.

 

Ao todo, oito regatas serão realizadas na raia da enseada de Jurujuba em três dias de competição, seguindo as regras internacionais de vela. A prova de abertura será nesta sexta-feira, 15 de novembro, com largada às 13h. Nos demais dias, as regatas terão início às 12h30m.

 

Entre os favoritos, estão o casal bicampeão de 2017 e 2018, Hans e Karina Hutzler, de Pernambuco; o pentacampeão Rolf Preben Schmidt, que venceu o campeonato sudeste de Dingue há duas semanas. Ele e o proeiro João Taveira são fortes candidatos à vitória, pois conhecem bem a raia e o 'humor' dos ventos que rondam aquele trecho da Baía de Guanabara cercado por morros.

 

Além destes, David Baker e o filho Lucas Miranda, niteroienses que moram em Brasília, terceiros no brasileiro do ano passado; e a dupla Luiz José Júnior e Anísio Silveira, também de Niterói. Estes últimos prometem dar bastante trabalho aos adversários, principalmente depois da vitória na Copa Dingue, preparatória realizada no fim de semana passado (dias 9 e 10, Clube Naval Charitas). Na lista dos que podem ganhar o título também figuram Fabio Alonso e Vicente Cunha Campos; eLuis André Castro e Rafael Valladão, todos de Niterói, segundo e terceiro lugares no campeonato sudeste.

 

Nem tudo, porém, é disputa no brasileiro de Dingue. Mais do que uma competição, trata-se de uma festa da classe, com muita rivalidade na água e comemoração no fim das regatas. Um encontro de amigos e famílias que velejam juntas e despertam o gosto pela vela nas novas gerações. Nesse caso, nem sempre o que importa é o nível técnico. O que vale é participar, seja por amor ao esporte ou para ganhar experiência. Flavio Gama (timão) e a esposa Daniela Erthal (proa), do Rio de Janeiro, correrão as regatas levando a bordo a pequena Catherine, de 5 anos. Filha mais velha do casal, Marina Erthal (14), convidou as amigas Julia Arce (15) e Maria Brum (12) - que velejam com ela de Optimist - para formar uma equipe feminina. As três juntas completam o peso mínimo exigido de 120 quilos.

A presença jovem é uma característica da Classe Dingue, já que o barco é utilizado na iniciação à vela. O Projeto Grael, por exemplo, será representado por uma equipe de 10 alunos, entre 13 e 17 anos. E o Colégio Naval terá uma turma de 18 velejadores - de 16 a 20 de idade. Ambas as equipes lutarão por uma boa posição nas categorias juvenil e sênior. Também é grande o número de mulheres, quase sempre proeiras de seus companheiros, algumas com os filhos a bordo.

 

Na classificação geral, os cinco primeiros colocados subirão ao pódio. Haverá, ainda, premiação para os três melhores nas categorias juvenil (até 16 anos), feminina, sênior (de 17 a 44 anos), master (de 45 a 55 anos), grand master (acima de 55), dupla mista (tripulação de sexo oposto), 1.5 (tripulação com peso igual ou acima de 150 quilos) e estreante.

 

O Campeonato Brasileiro da Classe Dingue tem supervisão técnica da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro (Feverj), chancela da CBVela e apoio institucional da Holos Brasil.