O conteúdo de um telefone celular, usado por milicianos de Itaboraí, está sendo analisado pelo Superior Tribunal de Justiça por suspeitas de negociações para a libertação de presos. O aparelho, que ainda está sob análise, pode ser a prova da venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com a Justiça, o celular apreendido no bairro de Icaraí, em Niterói, pertencia a Maison Santana, que foi preso em junho. Ele é acusado de participar de uma quadrilha que extorquia dinheiro de moradores de Itaboraí.
No ofício, o juiz informou a presença de indícios de que o acusado mantinha relação estreita com autoridades públicas, onde foram identificadas, inclusive, mensagens de voz e de texto indicando a suposta participação do assessor de um membro do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em negociação de julgamentos de processos criminais.
O juiz ainda esclareceu que o objetivo em nenhum momento foi direcionado a apurar o envolvimento de autoridades públicas detentoras de foro de prerrogativa de função.
As gravações ainda estão sendo analisadas irão passar por uma perícia para identificar os criminosos.
Investigação liga milícia de Itaboraí com Judiciário
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