Caçada aos assassinos de PM

Por André Bernardo e Vítor d'Ávila

Ações acontecem um dia após cabo ser morto a tiros na RJ-104. Cerca de mil pessoas acompanharam o cortejo de despedida de Leonardo

A Polícia Militar realizou operações em diferentes regiões de Niterói desde as primeiras horas desta sexta-feira (20). O Comando de Operações Especiais (COE) atuou no Complexo do Viradouro, na Zona Sul, e no bairro do Caramujo, na Zona Norte da cidade. As ações aconteceram um dia após um policial militar ser assassinado por criminosos, na Rodovia RJ-104.

Equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) atuaram no Caramujo com objetivo de localizar e prender os criminosos que mataram a tiros o cabo Leonardo Oliveira dos Santos, na tarde de quinta-feira (19). No Viradouro, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Choque (BPChq) tiveram como objetivo buscar e prender lideranças do tráfico na localidade.

Muitos comércios, principalmente na região da Igrejinha, no Largo da Batalha, não abriram pela manhã. De acordo com moradores, lojistas preferem fechar as portas com medo de possíveis confrontos em dias de operação. Ruas das comunidades também estavam desertas.

As ações contaram com apoio de veículos blindados além de um helicóptero. Pelas redes sociais, moradores relataram terem visto movimentação desde o final da noite de quinta-feira. Até o momento, não houve registro de presos, feridos ou apreensões.

ENTERRO - Cerca de mil pessoas acompanharam o cortejo de despedida do cabo Leonardo Oliveira dos Santos, no Memorial Parque Nycteroy, no bairro Vista Alegre, em São Gonçalo, na tarde desta sexta-feira (20). O policial militar, de 31 anos, morreu nesta quinta (19), após a viatura em que estava baseado às margens da RJ-104, em Niterói, ser atacada por traficantes da comunidade da Caixa d'Água.

Leonardo, que deixou um filho de 11 anos, foi enterrado com honras militares, vestido com a farda da Polícia Militar. Um cortejo com viaturas, em homenagem ao cabo, acompanhou o transporte do corpo do IML ao cemitério. 

Além da esposa, outros familiares e amigos, autoridades policiais acompanharam a despedida e prestaram condolências. Entre elas, estava o comandante do 12º BPM (Niterói), coronel Sylvio Guerra; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo; o comandante do 4º CPA, coronel Marcelo Rocha; e o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), o tenente-coronel Gilmar Tramontini.

Familiares e autoridades preferiram não comentar o caso.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, Leonardo estava na corporação há sete anos. Durante três, trabalhou na Vila Cruzeiro, no Rio. A Secretaria Estadual de Vitimização e Amparo a Pessoas com Deficiência, comandada pela major Fabiana, prestou atendimento psicológica à família do policial nesta sexta-feira (20).