Preso por vender anabolizantes para adolescentes

Por Vitor d’Ávila

Pai do suspeito era dono de academia em Itaboraí, onde os produtos eram vendidos

Um homem de 25 anos foi detido na manhã desta segunda-feira (23), sob suspeita de vender anabolizantes para adolescentes, em Itaboraí. A Polícia Civil chegou ao rapaz, que é atleta de fisiculturismo, através de uma denúncia anônima

A ação foi conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói, que investiga, há três meses, a atividade do suspeito. Ele é apontado como comerciante dos produtos ilegais, tendo como clientes jovens que treinam em academias da cidade e procuram acelerar seu desenvolvimento físico.

De acordo com a especializada, o pai do suspeito era proprietário de uma das academias onde os anabolizantes eram vendidos. Na manhã desta segunda, agentes da DPCA foram à casa do suspeito, no Centro de Itaboraí, a fim de cumprir mandado de busca e apreensão.

Na residência do homem, que também teve quebrado o sigilo de seus dados para a investigação, foram encontradas ampolas contendo supostos anabolizantes. O material foi encaminhado para análise em um laboratório especializado na UFRJ. O suspeito foi conduzido à delegacia, onde foi ouvido e liberado. Ele responderá em liberdade por venda de produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária.

Segundo o delegado José Paulo Pires, titular da DPCA, o flagrante não foi feito porque só é possível a comprovação de que o produto apreendido é ilegal após a análise. Caso o laudo da perícia comprove isto, poderá ser expedido o mandado de prisão. Não está descartada a participação de outras pessoas na comercialização dos anabolizantes.

"A partir da detenção dele e apreensão do material será feita a investigação de todo esse grupo. Com essas informações, vamos esperar o laudo e possivelmente pedir a prisão dele", disse o delegado.

A equipe de investigação ouviu adolescentes que confirmaram terem adquirido com o suspeito anabolizantes de comercialização proibida, como trembolona e testosterona. O contato com os clientes era feito pelas redes sociais, como Instagram e Facebook, onde o homem exibe livremente o uso dos produtos.

A Polícia Civil está apurando se os produtos tem origem de fora do Brasil. Caso comprovado, o suspeito pode responder pelo crime de tráfico internacional. Além de academias, a venda era feita de forma direta, combinando com os compradores. Ele possui anotação criminal anterior por resistência.