Operação para desarticular quadrilha de furto e adulteração de combustível

Polícia Civil - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da 60ª DP (Campos Elíseos), realiza na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Saccularis para desarticular uma organização criminosa acusada de furto e adulteração de combustível. A ação visa cumprir 17 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em empresas e residência dos investigados, além de 15 mandados de busca e apreensão de caminhões tanques utilizados para o transporte do combustível e o bloqueio de bens no valor total de oito milhões. Até o momento 18 pessoas já foram presas.

As investigações tiveram início há cerca de oito meses, e após intenso trabalho de inteligência, chegou a identificação dos integrantes da quadrilha e do esquema praticado pelo bando. Os criminosos agiam a partir de empresas legalizadas no ramo de transporte de combustíveis. Eles desviavam parte da carga para diversas garagem localizadas no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, conhecidas como“biqueiras”. Com o transporte supostamente legalizado eles realizam o frete do combustível para cidades do Sul e Norte Fluminense, Regiões Serrana e dos Lagos e a própria Baixada.

Ainda segundo o apurado, os desvios ocorriam em todos os transportes realizados a partir de carregamento nas distribuidoras localizadas na área de Duque de Caxias. Os caminhões saíam das distribuidoras carregados e o desvio ocorria nas garagens das empresas contratada. A quantidade subtraída variava entre a chamada “cotinha” de 60 a 120 litros até as que atingiam cerca de mil litros. Nesses casos, os caminhões era completados com solvente para evitar que o desvio fosse identificado.

A investigação comprovou que após o carregamento, ainda na base das distribuidoras, os criminosos desligavam as câmeras e o rastreamento para que os caminhões pudessem ser conduzidos até as garagens sem serem localizados. Após o desvio o veículo retornava para a distribuidora onde os sistemas eram reativados e seguiam normalmente para a entregados clientes.

O combustível subtraído era revendido para receptadores com valores que variam entre R$2 e R$3 o preço do litro. Com o golpe, a quadrilha chegava a lucrar cerca de R$ 4 milhões por mês. Os criminosos vão responder pelos crimes de furto qualificado, receptação e adulteração de combustível, crimes contra ordem econômica, ordem tributária, relações de consumo, crimes contra o meio ambiente e lavagem de dinheiro.

A ação conta com apoio do Departamento Geral de Policia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).