Caso Flordelis: preso nega participação em tentativa de extorsão

Presos foram conduzidos à DH nesta terça-feira para prestar depoimento - Foto: Marcelo Feitosa

Polícia
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A polícia continua investigando uma suposta tentativa de extorsão sofrida pela deputada federal Flordelis (PSD-RJ) através de um telefonema. Na tarde de terça-feira (17), uma pessoa foi ouvida na Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Segundo investigação da especializada, o CPF cadastrado na linha utilizada para fazer a ligação pertence a um preso, que cumpre pena em uma penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. O homem nega participação e, durante o depoimento dele, ficou comprovado que sua voz não era compatível com a da pessoa que fez a ligação.

O objetivo da investigação é entender o contexto da situação a fim de descobrir a conexão desse preso com a pessoa que utilizou o CPF dele para cadastrar a linha. Também durante o depoimento, o detento afirmou sequer ter conhecimento sobre a tentativa de extorsão contra a parlamentar.

Na terça-feira, quatro pessoas prestaram depoimento na sede da DH, no Centro de Niterói. Também estiveram presente os irmãos Lucas e Flávio dos Santos, indiciados pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, e um ex-PM, que era colega de cela deles. Os três, no entanto, falaram sobre uma suposta carta atribuída a Lucas destinada à Flordelis.

A carta e a tentativa de extorsão foram divulgadas pela deputada em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no dia 22 de setembro. A parlamentar afirmou que, na ligação, um homem se passou por policial civil e pediu dinheiro para intervir na investigação da morte de Anderson do Carmo.

Já na carta, Lucas supostamente atribui a mentoria do homicídio a outro irmão, o vereador de São Gonçalo Wagner Pimenta (MDB), conhecido como Misael da Flordelis, isentando Flávio de culpa. Lucas teria, em audiência de instrução na 3ª Vara Criminal de Niterói, no dia 31 de outubro, negado a autoria da correspondência.

A DH investiga se houve tentativa de coação por parte de Flávio e do ex-companheiro de cela para que Lucas escrevesse a carta, enquanto os três estavam presos na Penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9). A especializada não confirma se os conteúdos, tanto da correspondência quanto da ligação, são verdadeiros.