PF nega pedido do MPRJ de realizar novo confronto balístico da morte de João Pedro

PF nega pedido do MPRJ de realizar novo confronto balístico da morte de João Pedro - Foto: Reprodução da internet

Polícia
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Polícia Federal negou o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para a realização de um novo exame de confronto balístico na investigação da morte do menino João Pedro, que foi morto em maio deste ano durante uma operação conjunta das polícias Federal e Civil no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

O MPRJ pediu à PF uma nova perícia numa tentativa de identificar de qual arma partiu o disparo que matou João Pedro. De acordo com confronto balístico da Polícia Civil do Rio, o adolescente foi atingido por um disparo de fuzil calibre 5,56 - o mesmo utilizado pelos policiais durante a operação -, mas não conseguiu identificar de qual arma saiu o tiro. Como a perícia foi inconclusiva, o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ, fez o requerimento de um novo confronto balístico à Polícia Federal.

No entanto, a PF informou que estava impossibilitada de atender a solicitação, pois a nova perícia resultaria um "aumento desmedido das pendências periciais das investigações federais".

Nesta quinta-feira (29), às 10h, acontece a reprodução simulada da morte de João Pedro. Todos os policiais e testemunhas que estiveram presentes na ocasião foram convocados para participar da reprodução simulada, que reunirá peritos e investigadores da polícia e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), assim como representantes da Defensoria Pública.

O adolescente, de 14 anos, morreu ao ser atingido, no dia 18 de maio, por uma bala de fuzil calibre 5.56. O tiro penetrou pouco abaixo da axila direita do jovem e ficou alojado próximo ao ombro esquerdo, após perfurar órgãos como coração e pulmão.

A família de João afirma que os policiais chegaram atirando na direção da casa onde o adolescente estava com os amigos. As testemunhas da ação contaram que João estava jogando videogame com os amigos e que não havia nenhum bandido na casa.

João Pedro chegou a ser socorrido em uma aeronave da polícia e levado para um heliponto da Zona Sul do Rio. No entanto, a família alega não ter sido comunicada e só achou o corpo do adolescente 17 horas depois do ocorrido, no Instituto Médico Legal de Tribobó.