Ativista Sara Winter é presa em Brasília

Sara Giromini está custodiada no presídio feminino da capital federal - Foto: Reprodução/Redes sociais

Política
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A militante bolsonarista Sara Winter foi presa, na manhã desta segunda-feira (15), pela Polícia Federal. A ativista é líder do movimento "300 do Brasil", que estava acampado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em apoio ao presidente da Repíblica.

A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e faz parte de um inquérito que investiga financiamento de movimentos e protestos classificados como antidemocráticos. Outras cinco pessoas foram presas na mesma ação. A princípio, elas também tem ligação com o grupo dos 300.

As ações atendem a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Por meio de suas redes sociais, o movimento liderado por Sara confirmou a prisão, mas ainda não se manifestou sobre o caso.

O mandado de Sara Winter é de prisão temporária com prazo máximo de 5 dias. Após, poderá ocorrer prorrogação da prisão temporária ou ser decretada prisão preventiva. Caso isto não ocorra, a ativista deverá ser posta em liberdade.

A militante também foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão em operação, no dia 27 de maio, sobre o inquérito que apura propagação de fake news e intimidações ao STF, através da internet. A prisão de Sara não tem relação com esta investigação.

Os "300 do Brasil"

O grupo, liderado por Sara, se autointitula uma militância organizada de direita no Brasil e foi formado no começo de maio, quando organizaram um acampamento na Esplanada dos Ministérios, como forma de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Em pouco mais de um mês de atividade, o movimento estece no centro de polêmicas. Foi investigado por posse ilegal de arma de fogo e, em suas manifestações, seus principais alvos são o STF, em especial o ministro Alexandre de Moraes, comumente chamado pelos militantes de "ditador".

O acampamento foi desfeito pela Polícia Militar no último sábado (13). Em suas redes sociais, o grupo convocou uma manifestação na porta sa Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, para onde Sara e os demais presos foram conduzidos.

Histórico feminista

Antes de se alinhar ideologicamente à Jair Bolsonaro, Sara Fernanda Giromini, seu nome de batismo, era uma das lideranças no Brasil do grupo feminista ucraniano Femen. Ela inclusive chegou a participar de atos contra o próprio Bolsonaro, quando este último ainda era deputado federal.

Ataque ao STF

Na noite do último sábado (13), o prédio do STF foi alvo de um ataque, no qual manifestante dispararam fogos de artifício contra o edicífio. En nota assinada pelo presidente Dias Toffoli, a Corte classificou a ação como um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.