Witzel diz que não renunciará ao cargo de governador do Rio

Fórum da Alerj vai discutir com a sociedade a situação das grandes cadeias produtivas no estado - Foto: Divulgação

Política
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O governador afastado do Rio, Wilson Witzel, afirmou que renunciará ao cargo. A declaração foi feita em sua conta no Twitter, na noite da última segunda-feira (21).

"Jamais renunciarei. Em 1 ano e 7 meses de gestão, fiz muito pelo Estado: salários em dia; ampliação dos programas de segurança; aumento da carga horária dos professores, investimentos robustos em ensino e pesquisa; dentre outras realizações", declarou.

O governador afastado nega ter cometido crime de responsabilidade.

"De todos os meus atos pegaram apenas um, que é juridicamente correto, e o associam a recebimento de valores, do que não há provas pelo fato de não ter ocorrido. Não há nenhuma relação com a Unir e as empresas contratadas pelo escritório da minha esposa", afirmou.

Na publicação, Witzel declara que sua trajetória política está apenas começando.

"A vida me forjou nos desafios. Menino pobre, orgulho de uma doméstica e de um metalúrgico. Resistirei. Politicamente, minha história está apenas começando. Juridicamente, minha absolvição e retorno imediato ao cargo no qual o povo me colocou é o único caminho possível", finalizou.

Wilson Witzel foi afastado do cargo de governador do Rio, no último dia 28, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), durante a Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.

No dia 17 deste mês, a Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que analisou o pedido de impeachment do governador Wilson Witzel aprovou, por unanimidade (foram 24 votos favoráveis), relatório pela admissibilidade da denúncia e a consequente autorização para prosseguimento do processo pela prática de crime de responsabilidade. A denúncia é baseada em supostos desvios financeiros cometidos por Witzel na área da Saúde, sobretudo junto a Organizações Sociais de Saúde (OSs) e na construção de hospitais de campanha para combate à pandemia do coronavírus.

Caso dois terços dos parlamentares (o equivalente a 47 deputados) votem favoráveis ao impeachment, a denúncia será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) e Witzel será afastado por 180 dias após a formação de um tribunal misto de julgamento - composto por cinco deputados e cinco desembargadores - que realizará o trâmite final do processo.