Dicas para garantir uma boa alimentação

As refeições devem acontecer em ambientes agradáveis para a criança - Foto:

Saúde
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Na época da transição alimentar (introdução de alimentos sólidos ou um novo alimento), iniciar com um alimento de cada vez (papinha de frutas, depois papa de legumes etc.). Se houver recusa de qualquer alimento, não insistir -- na maioria das vezes --, a criança passa a aceitá-lo após algum tempo.

Estabelecer horários regulares para as refeições, evitando-se qualquer guloseima nos intervalos.

Se o problema já foi instalado, isto é, se a hora da refeição já se transformou numa sessão de angústia e contrariedade, a meta a ser conquistada é trazer de volta o prazer de se alimentar com que toda criança nasce. É essencial restabelecer o primeiro papel do alimento: proporcionar alegria e gratificação.

A condição básica para que essa tarefa, aparentemente impossível para muitas famílias, seja cumprida com sucesso é que todas as pessoas envolvidas -- sem exceção -- compreendam os mecanismos da alimentação que foram expostos, e entendam que a finalidade primordial do alimento é saciar e satisfazer.

Em consultório, para que se obtenha sucesso, é imperiosa a convocação das pessoas mais envolvidas na rotina ou que tenham maior ascendência, notadamente as avós. Essa providência costuma ser de execução mais dificultosa.

Diretrizes - Depois, seguir algumas diretrizes adaptadas a cada caso, observando as normas gerais expostas acima. Alguns pontos aplicam-se a todos os casos:

- suprimir guloseimas: por serem atrativas ao paladar, sua preferência pode atingir estágio de dependência, transformando-se em verdadeiro vício alimentar;

- refeições em pequenas quantidades: a ingestão de todo o alimento oferecido acaba por tornar-se um hábito saudável, e facilita futuros acréscimos;

- obediência ao ritmo biológico: deve-se respeitar os intervalos ditados pelo organismo da criança, evitando insinuações e cobranças para que ela se alimente;

- ritual da alimentação: a alimentação deve ser oferecida em ambiente de tranquilidade, sem qualquer artificialismo. A participação da criança nas etapas que precedem a refeição (preparação dos alimentos, disposição da mesa, etc.) pode facilitar as funções digestivas, induzindo à salivação e às secreções gastrointestinais.

Cuidado médico - Por fim, naturalmente, considerar que toda criança inapetente, ou cujo padrão de apetite mudou de forma persistente, deve passar por meticuloso exame médico para detectar alguma intercorrência que possa contribuir para a situação.