As causas de morte materna prevalentes no Rio de Janeiro

A maioria das mulheres grávidas estão saudáveis durante a gestação e o parto e o puerpério, quando bem prestados, visam apenas a manutenção da saúde - Foto: Ana Nascimento/MDS/Portal Brasil

Saúde
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Morte Materna é definida pela Organização mundial de Saúde (OMS) como a morte de uma mulher grávida ou até 42 dias após o fim da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devido a causas acidentais ou incidentais.

A mortalidade materna é um importante dado para a saúde pública sendo utilizado como preditor da qualidade de serviços de saúde prestado à população. As causas de morte materna se dividem em diretas, indiretas e não obstétricas, segundo o Ministério da Saúde. Portanto é de extrema importância identificarmos as principais causas que corroboram para o aumento deste indicador a fim de traçar estratégias de saúde pública para que haja redução.

Isto porque, a maioria das mulheres grávidas estão saudáveis durante a gestação e o parto e o puerpério, quando bem prestados, visam apenas a manutenção da saúde dessas mulheres, por isso, este dado se tornou um indicador de saúde.

A razão de Mortalidade materna (RMM) é um indicador de desenvolvimento humano, econômico, social e da qualidade de assistência à saúde. A ocorrência de óbitos maternos evitáveis reflete as precárias condições econômicas, culturais e tecnológicas de um país ou de uma sociedade e constitui-se numa violação dos direitos reprodutivos das mulheres, tratando-se, portanto, de uma preocupação mundial.

No ano de 2000, na Organização das Nações Unidas (ONU), foram adotadas oito Metas de Desenvolvimento, entre elas, reduzir a mortalidade materna em 75% até 2015.

No último relatório da OMS sobre mortalidade materna, o Brasil teve posição abaixo da meta do milênio; nos últimos 18 anos alcançou redução de 52%, com velocidade média anual de queda de 1%, quando o ideal seriam 5,5%.

Portanto é de extrema importância identificarmos as principais causas que corroboram para o aumento deste indicador a fim de traçar estratégias de saúde pública para que haja redução.

Segundo o Datasus, no período de 2008 a 2018 houve 690 óbitos maternos sendo 413 por causas diretas, 251 por causas indiretas e 26 por causas não identificáveis. O que demostra que a mortalidade materna ainda cresce por causas relacionadas à má qualidade do pré-natal ofertado.

Nos últimos dez anos os motivos que mais se associaram à morte de mulheres, na gravidez, parto e puerpério, neste período foram: Edema, Proteinúria e Transtorno Hipertensivo. O que corrobora a ideia de que o pré-natal está diretamente ligado a essa mortalidade. Isto porque, é durante o pré-natal que a mulher precisa ser assistida e orientada quanto aos riscos da elevação da pressão arterial e de suas complicações. É durante esse atendimento que a mulher precisa ser encaminhada e assistida por uma equipe multidisciplinar a fim de controlar dieta, realizar exercícios físicos e tomar suas medicações, além de receber um cuidado mais atento devido ao seu risco aumentado. Sendo assim é de extrema importância o investimento em medidas educacionais preventivas como o pré-natal, para que assim juntos consigamos diminuir a mortalidade materna.