Brinquedos que estimulam a imaginação

Lílian Cristina Moreira, pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Foto: Divulgação

Saúde
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Em comemoração ao Dia das Crianças, que acontece nesta segunda-feira (12), alguns pais costumam dar aos pequenos presentes especiais, mas sempre bate aquela dúvida: qual brinquedo a criança vai gostar e brincar mais? Apesar de parecer complicado, a resposta é bem simples.

De acordo com a pediatra Lílian Cristina Moreira, primeiramente os pais devem levar em conta a idade de seus filhos e optar por brinquedos adequados para tal, como por exemplo, quando se trata de bebês, torna-se interessante presentear com objetos de diferentes cores, tamanhos e texturas ou chocalhos. Além disso, os brinquedos que possibilitam que a criança seja cocriadora de sua brincadeira atraem mais atenção.

"Aquele brinquedo que brinca sozinho, como o bebê que aperta o botão e chora ou já fala alguma coisa, aquele carrinho que anda para frente e para trás e faz tudo com o controle remoto, não tem muito interesse porque normalmente a criança enjoa logo dele, já que se esgota em si mesmo, não permite as possibilidades que, por exemplo, uma boneca não animada pode oferecer" explica a pediatra.

A criança precisa ter a liberdade de imaginar para criar a sua própria brincadeira com os brinquedos que são oferecidos, por isso, as opções mais simples são as mais duradouras para os pequenos. Para crianças que já andam, carrinhos de puxar, caminhões com caçamba e até mesmo bonecas inanimadas são ótimas pedidas.

Já para uma criança mais velha, que sabe ler, alguns livros podem ser um ótimo presente. Para Lílian, por conta da capacidade de ser revisitado várias vezes, cria-se uma brecha para outras interpretações da mesma história e observação nas nuances do livro, o que instiga a imaginação dos fatos por trás da história.

Para além dos brinquedos, a estimulação da imaginação das crianças também pode ser feita em forma de brincadeiras. Os pais podem oferecer aos pequenos um espaço seguro para a exploração completa do ambiente de forma livre e espontânea.

"Deixando a criança com aquele tempo absolutamente livre, sem nenhum tipo de atividade direcionada, exercita a imaginação, porque tem a questão do ócio criativo, é no momento em que a gente não tem nada para fazer que, justamente, tem um espaço para aflorar a criação, a liberdade do pensamento. Então a criança precisa ter esse espaço e esse tempo para a liberdade de pensamento, para criar as próprias brincadeiras e próprias narrativas" expõe Lílian.

Dentro desses espaços, a brincadeira pode ser incrementada com alguns brinquedos simples que ajudem com o desenvolvimento da imaginação, como blocos de madeira, que ao serem montados, podem ser tornar uma torre, um prédio e até mesmo um castelo, além de dar a criança a liberdade de desmontar e remontar outro objeto.

Essas pequenas práticas dão as crianças o poder da criação de narrativas e dramatizações, a partir de seus próprios pensamentos e das relações ao qual está diretamente exposta,. São criadas histórias e simulações de desafios, podendo gerar a formulação de respostas para suas próprias vivências.