Projeto usa IA para conectar alunos do ensino público a museus de todo o mundo

Através do Experimente Cultura, mais de 6 mil alunos de 65 escolas do Rio visitaram museus do Rio e do exterior utilizando realidade virtual e inteligência artificial - Foto: Divulgação

Educação
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O projeto Experimente Cultura levou gratuitamente mais de seis mil crianças, de 65 escolas do Rio de Janeiro, para visitar grandes museus do Rio e do exterior neste ano. Utilizando realidade virtual e inteligência artificial em suas oficinas, a iniciativa deixou de 'somente' promover visitas presenciais aos centros culturais da cidade. Ao todo, foram mais de 28 mil alunos da rede pública carioca atendidos nos cinco anos de atuação e, para 2024, a expectativa é bater o número de visitas e ampliar ainda mais o número de instituições parceiras – museus e escolas.

A nova temporada começará em fevereiro e as escolas e os docentes interessados em inscrever seus alunos, devem acessar o site do projeto experimentecultura.com.br.

Pela primeira vez, o Experimente Cultura contou com oficinas utilizando inteligência artificial e realidade aumentada. Os alunos foram provocados a criarem trabalhos, que foram expostos em sala de aula, inicialmente. Depois, entraram em votação pública pelo site do projeto. Os vencedores, além de ganharem mais passeios presenciais a museus do Rio, poderão ter suas obras, de maneira pioneira, expostas em museus renomados como os cariocas Museu do Amanhã, MAR e Museu da Vida, o mais famoso do mundo, o Louvre, da França, os norte-americanos Metropolitan Museum of Art - MET, Bronx Zoo e Getty Museum, o argentino MALBA, o canadense Pacífic Museum of Earth e o Museu Benfica, de Portugal. O projeto ainda está finalizando a negociação com os centros culturais, mas espera, em breve, alcançar mais essa vitória.

“Tivemos que nos reinventar e a tecnologia, principalmente com o uso da realidade virtual, colocou as crianças dentro de instituições do mundo todo. Vimos o quanto isso foi impactante, principalmente para os alunos da rede pública. Por isso, ampliamos nossa capacidade de atendimento, expandimos nossa relação com os museus parceiros e trouxemos a utilização de inteligência artificial. A ideia é melhorar a cada ano, além de conseguir ampliar também nosso raio de atuação”, afirmou Renata Prado, curadora do projeto.

Para 2024, a iniciativa espera, além de aumentar os atendimentos, conseguir expandir o projeto para outras cidades e até estados. Enquanto isso ainda não é possível, o Experimente Cultura segue fazendo a diferença, sendo, na grande maioria dos casos, o primeiro contato de crianças e jovens com museus.

“Fiquei muito feliz por terem selecionado a nossa escola. Os alunos amaram as visitas virtuais aos museus, pois a grande maioria nunca havia visitado um museu. E o experimento com os óculos de realidade virtual foi o ponto alto. Agora, estamos ansiosos para a próxima etapa que será o passeio presencial ao museu. Esse projeto é muito lindo e essencial à rede pública de ensino”, diz a professora Luísa Cesário, da Escola Municipal Eunice Weaver, localizada na Taquara, Zona Oeste do Rio.

Agenda moderna

Sempre pensando em inovações, a iniciativa passou também a trazer as instituições culturais até as escolas, inserindo mediações educativas alinhadas ao currículo escolar, dentro das salas de aula, com uso da realidade virtual. E para deixar a experiência ainda mais moderna, percursos temáticos serão criados pelo Experimente Cultura, de acordo com as trends do momento (assuntos em alta), como Cultura Antirracista, Artistas Brasileiros pelo Mundo, Educação climática e Agenda 2030.

“Esse foi um aprendizado importante, que acabou potencializado com a pandemia, que parece tão distante, mas acabou de passar. Tivemos que nos reinventar e a tecnologia, principalmente com o uso da realidade virtual, colocou as crianças dentro de instituições do mundo todo. Vimos o quanto isso foi impactante, principalmente para os alunos da rede pública. Por todo o feedback que recebemos, e olhando para o mercado de educação, nosso valor está no conteúdo, no que conseguimos propor ao professor e agregar no seu programa”, finalizou Renata Prado.