Artista gonçalense inaugura seu primeiro projeto individual na cidade

Jefferson Medeiros transforma violência no cotidiano em arte; projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc - Foto: Laura Lima

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Cria de São Gonçalo, o artista Jefferson Medeiros estreia sua primeira exposição individual “Quem nos protege, se não nós?”, no próximo dia 19, no Cenarte Dimensões, em sua cidade natal. Com curadoria de Bruno Albert, a mostra apresentará discussões sobre colonialidade, exploração do trabalho e violência no cotidiano urbano periférico, suas raízes e consequências. Ao todo, serão 15 obras expostas, confeccionadas com materiais diversos: de concreto à cápsulas de munição que foram encontradas no território em que reside, na casa de amigos ou por conhecidos. A exposição, que terá duração de um mês, foi contemplada no Edital de Desenvolvimento Artístico e Cultural da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Gonçalo por meio da Lei Federal de Emergência Cultural Aldir Blanc.

"Fazer a minha primeira exposição individual na minha cidade natal é discursar para minhas e meus pares, é tudo que posso querer enquanto educador-artista. De toda forma, gosto de pensar que não tem nada de individual nessa exposição, meu trabalho é a aglomeração das vozes que me atravessam. O olhar que desenvolvo na minha arte-vida-arte é a partir daqui para o mundo. São Gonçalo é minha escola do mundo",  frisa o artista.

Em função da pandemia do novo coronavírus, a visitação acontecerá em horários pré-definidos.O agendamento será feito por meio da plataforma Sympla, com limite de 10 pessoas por hora.

Ainda como parte do projeto, a exposição inclui duas Oficinas de Produção Epistemológica Antirracista, realizadas em parceria com a Galeria de Racistas. Nelas, propõe-se oferecer um mínimo suporte para a construção de discursos e práticas que superem a estrutura do racismo, que ainda permanece e se apresenta como uma das mazelas que agridem o tecido social.

Sobre Jefferson Medeiros

Mestre em Estudos Contemporâneos da Arte pela UFF, graduado em História pela UERJ-FFP, especializado em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras pelo IFRJ, músico percussionista e professor de História, Sociologia e Filosofia, Jefferson é, também, um dos maiores nomes da arte contemporânea do Rio de Janeiro e representa, virtuosamente, o lado de cá da Baía de Guanabara.

Fortemente influenciado pela mãe artesã, Jefferson diz que sua relação com a arte é muito mais “orgânica” do que técnica: suas habilidades foram desenvolvidas de forma autodidata.

Entre grandes mostras, o trabalho de Jefferson já foi exposto no Museu de Arte do Rio e na Bienal Caixa de Novos Artistas, que rodou todo o país.

Para conferir o trabalho do artista, acesse: https://www.instagram.com/jmedeiros.ars/

 

Serviço:

Quem nos protege, se não nós?

abertura 19|02

visitação 20|02 até 19|03

ter a sex de 14h às 18h | sáb e dom 17h às 20h

agendamento de visitação em: https://www.sympla.com.br/exposicao-quem-nos-protege-se-nao-nos__1131172


Cenarte Dimensões

Travessa Rubens Falcão, 346, Parada 40, São Gonçalo

Entrada franca

Classificação livre