'Concerto Sinos’ traz obras de José Siqueira e Glauco Velasquez

A série integra a programação do Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), feita pela Funarte e a Universidade Federal do Rio - Foto: Divulgação

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Interpretado pelas cordas da Orquestra da UFRJ, com regência de Thiago Santos, estreia dia 30 de julho, sexta-feira, às 18h, o quarto recital da temporada 2021 dos Concertos Sinos. A série integra a programação do Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos) – iniciativa realizada em parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

On-line, o evento estará disponível no site www.sinos.art.br e no Canal de vídeo Arte de Toda Gente. A curadoria do Sinos é da Escola de Música da UFRJ.

No programa estão obras de dois importantes compositores brasileiros do século XX: José Siqueira (1907-1985) e Glauco Velasquez (1884-1914). O concerto terá como solista o violoncelista Hugo Pilger.

A primeira peça será Elegia para violoncelo e orquestra de cordas, composta em 1934 por Siqueira. “A obra é ainda vinculada a uma estética romântica, bem diferente do nacionalismo musical que caracterizou sua produção e pelo qual é mais conhecido”, informa o Projeto Sinos.

Em seguida, será executada a Suíte nº1, escrita em 1915, por Glauco Velasquez. O compositor faleceu jovem, mas teve sua obra promovida por Luciano Gallet – responsável pela adaptação da versão original de quarteto para orquestra de cordas, com a criação de uma parte para contrabaixo.

O solista

Hugo Pilger, gaúcho de Porto Alegre, é doutor em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e professor de violoncelo da instituição e integrante do Trio Porto Alegre. Ao músico foram dedicadas, entre outras obras: Orégano, de Ricardo Tacuchian; Meloritmias nº 10, de Ernani Aguiar; Serenata pro Pilger, de Maurício Carrilho; Sortilégios, de Marcos Lucas; e Concerto para violoncelo e orquestra (2013), de Ernst Mahle. A discografia do violoncelista inclui os CDs Hugo Pilger interpreta Ernani Aguiar (Melhor Intérprete e Melhor Álbum Erudito no Prêmio Açorianos de Música 2016); Ernst Mahle, a integral para violoncelo e piano – na mesma premiação (2017 – 2108) Melhor Intérprete, Melhor Compositor e Melhor Álbum Erudito; Presença de Villa-Lobos na Música Brasileira para violoncelo e piano, volumes I e II – CD duplo (finalistas do Prêmio da Música Brasileira de 2015 e Açorianos de Música 2017, respectivamente); e, em 2020, Claudio Santoro: a obra integral para violoncelo e piano.

Pilger também recebeu o Prêmio Profissionais da Música 2018, na categoria Instrumentista Erudito. É autor do livro Heitor Villa-Lobos, o violoncelo e seu idiomatismo. Faz parte do corpo de professores do Projeto Espiral (do Sinos) no qual está à frente de uma oficina de violoncelo.

O regente

O carioca Thiago Santos atuou como maestro assistente da BBC Philharmonic, na Inglaterra; e, no mesmo país, da Royal Liverpool Philharmonic (2014-2016). No Brasil, tem dirigido regularmente diversas orquestras, dentre elas as sinfônicas Nacional (OSN), da Universidade Federal Fluminense (UFF); a da UFRJ (OSUFRJ); a de Sergipe (ORSSE) e a Jovem de Goiás (OSJG). Desde 2018, é diretor artístico e maestro titular da Orquestra Jovem Alegro (OJA), de Curitiba, Paraná. Foi maestro titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB). Também trabalhou com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (OSMG), com a Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Fospa) e com a Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (OSJC) – cidade do Estado de São Paulo. Algumas das orquestras inglesas que dirigiu foram a Manchester Camerata, a Stockport Symphony e a Nottingham Philharmonic. Ainda na Europa, regeu a Buhoslav Martinu Philhamonie (República Tcheca) e a U Artist Festival Orchestra (Ucrânia).

Foi o primeiro latino-americano contemplado com a bolsa de estudos Leverhulme Arts Scholar para o renomado programa de regência orquestral do Royal Northern College of Music, em Manchester, Inglaterra. Cursou bacharelado e mestrado em regência na UFRJ, com André Cardoso. Outros mentores seus foram Giancarlo Guerrero, Marin Alsop, Ernani Aguiar, Fábio Mechetti, Ronald Zollman, Donald Schleicher e Guillermo Scarabino.

Sobre os Concertos Sinos

A série Concertos Sinos foi criada para veicular a produção artística dos projetos sociais, das orquestras brasileiras e do próprio Sistema Nacional das Orquestras Sociais. Por meio dessa atividade, em concertos presenciais ou virtuais, são também apresentadas as obras criadas e editadas para o Repertório Sinos – que disponibiliza obras de compositores brasileiros de diferentes épocas e de todas as regiões do País. Os Concertos Sinos contam com a participação de várias orquestras, solistas e maestros do Brasil, assim como de alguns dos compositores – que também participam, com breves comentários sobre suas obras. Esta é a segunda temporada dos Concertos Sinos. Toda a série fica disponível, tanto no site do projeto, quanto no canal Arte de Toda gente, no Youtube.