Pela primeira vez, a Bienal do Livro do Rio não contará com a presença física de Ziraldo, que participou de todas as edições do evento, desde o início em 1983. Isso não quer dizer que o escritor – que morreu em abril do ano passado – estará ausente: a Bienal prepara diversas homenagens e o lançamento de um livro póstumo.
A 19ª edição da Bienal, que começa nesta sexta-feira (13) e vai até 22 de junho, vai celebrar a importância de Ziraldo na formação de novos leitores e sua contribuição para a literatura brasileira. O evento ocorre em um momento especial e simbólico, no ano em que o Rio de Janeiro possui o título de Capital Mundial do Livro.
Um grande mural de 485 metros quadrados em grafite estará presente no Riocentro, reunindo a obra e os principais personagens do artista, além de uma representação das gigantes filas de fãs que se formavam para falar com ele todos os anos. Além disso, um dos principais palcos da Bienal recebe seu nome: Auditório Ziraldo.
E uma linha de produtos oficiais Ziraldo também estará à venda na loja física e virtual da Bienal do Livro do Rio, com itens como canecas, garrafas e cadernos com ilustrações clássicas do artista.
O Instituto Ziraldo (IZ) e a Ziraldo Artes Produções (ZAP) também estarão presentes no evento, promovendo uma série de atividades especiais para manter a memória do autor e de suas obras viva.
A Bienal também marca o lançamento oficial de “O Caminho das Sete Tias” pela editora Melhoramentos, obra póstuma e inédita de Ziraldo, feita a partir de um texto do autor da década de 1990.
O livro poderia ter sido lançado junto da coleção "Tias" do escritor, mas Ziraldo considerou o texto muito diferente do resto das obras e decidiu adiar sua publicação. O manuscrito ficou guardado quase 30 anos até receber uma chance de encontrar os olhos de novos leitores.
“O Caminho das Sete Tias” conta a história de um príncipe encantado que sofre com a ausência de alegria. Ele parte em uma busca sensível por felicidade e significado e é guiado neste caminho por sete tias mágicas – cada uma revelando um planeta, uma cor, uma fragilidade humana, uma nota musical.
A concepção do livro é assinada pela designer Adriana Lins, sobrinha de Ziraldo e diretora artística do Instituto Ziraldo.
Além disso, também será lançado o livro "Peixe Grande", pela Global Editora, que reúne texto de Guto Lins e imagens selecionadas do acervo do Instituto Ziraldo. Guto escreve uma biografia do escritor voltada para crianças, relatando a história de um pequeno peixe de água doce que nada em direção ao mar com muita coragem e bom humor.
Programação da Bienal homenageia Ziraldo
Confira abaixo as atividades da Bienal do Livro do Rio 2025 que homenageiam Ziraldo e reforçam a presença do autor no evento mesmo após sua partida.Mesa “Ler é mais importante que estudar?”
ZIRALDO: CIDADÃO MUNDIAL DO LIVRO
Data: 13/6 (sexta-feira) – 14h
Local: Auditório Ziraldo
Convidados: autores Cristino Wapichana (escritor, músico e cineasta), Anna Claudia Ramos (autora premiada de literatura infantil e juvenil), Guto Lins (escritor, mestre em literatura e doutor em design) e Mariana Salvadori, Oficial de Projeto de Cultura da UNESCO no Brasil
Mediação: Adriana Lins, diretora artística do Instituto Ziraldo
Performance literária
Flora Manga conta a história de "Uma Professora Muito Maluquinha" (que completa 30 anos em 2025) e do inédito “O Caminho das Sete Tias”
Data: 18/6 (quarta-feira) – 10h30
Local: Praça Além da PáginaCinema
"Ziraldo, era uma vez um menino". Exibição do filme documentário sobre a vida, a obra e a presença de Ziraldo na cultura brasileira. Dirigido por Fabrizia Pinto, filha de Ziraldo, e produzido por Lumen Produções.
Data: 18/6 (quarta-feira) – 19h
Local: Praça Além da PáginaEditora Melhoramentos:
30 anos da Professora Muito Maluquinha: edição comemorativa, ativações para o público.Global Editora:
Lançamento de "Peixe Grande", o primeiro título de Ziraldo publicado pela casa editorial. A obra inédita reúne imagens raras do acervo do artista, com curadoria do Instituto Ziraldo e texto do escritor Guto Lins.
Ziraldo é homenageado na Bienal do Livro do Rio e ganha livro póstumo
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