Deivid fala sobre situação do Cruzeiro: “minha missão é entregar o clube como era antes”

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O convidado da live da Gazeta Esportiva desta quinta-feira foi Deivid, hoje diretor do Cruzeiro. O ex-atacante tem a dura missão de, ao lado da nova direção, reerguer o clube. Quando perguntado sobre a situação da Raposa no momento, comentou que ainda é muito difícil, mas que aos poucos o time vai encontrando seu caminho.
“Olha, foi uma missão muito difícil. Umas das mais difíceis da minha vida profissional. Nós pegamos o clube numa situação financeira muito grave, a ponto de se pensar em fechar as portas porque a dívida é muito alta. Desde que o Sérgio ganhou a eleição conseguimos dar uma respirada. Mas o caminho é árduo”. 
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Deivid tem uma história grande com o clube. Foi jogador em 2003, depois voltou para trabalhar na comissão técnica e, atualmente, assumiu função de diretor. Que acaba englobando todos os setores, segundo o próprio entrevistado. Segundo ele, a missão é devolver a instituição ao patamar que ele conheceu.
“A minha maior missão aqui é entregar o clube da forma como era antes. Eu lembro quando eu vim em 2003 que falavam que o Cruzeiro paga pouco, mas paga em dia. Então esse é o maior trabalho que eu tenho. Sanar as dívidas, pagar as contas, que não são poucas, e entregar o clube da melhor maneira, com dinheiro em caixa. Porque hoje nós chegamos numa dívida de um bilhão. As cotas da Globo foram antecipadas, não temos mais por dois anos, patrocínio, então a gente está se reinventando. Eu até brinco que se fosse qualquer outra empresa já tinha fechado. Só o futebol tem esses milagres”. 
O relato é de que o trabalho literalmente não para. A Raposa se livra de um problema, e outro surge. E os grandes culpados são citados pela atual gestão com frequência. A pergunta que não quer calar é se os responsáveis serão punidos e se o dinheiro vai voltar aos cofres do clube. O dirigente explicou a situação e garantiu que o presidente está fazendo o possível para que tudo seja devolvido ao Cruzeiro.
“O Sérgio, como advogado, está correndo atrás. Porque é inadmissível o que fizeram com o clube. Uma coisa é do lado de fora, outra é estar aqui dentro. O que fizeram aqui é inadmissível. Eu nunca esperava em clube nenhum. Você ser irresponsável, ruim, mau administrador é uma coisa, mas o que fizeram aqui… tem que pagar, é uma sacanagem. Eu fico vendo os contratos aqui e é um absurdo. Eu não acredito que possa ter gente desse tamanho para o lado do mal. Gananciosos… eu não acredito. Eu sempre falo que minha maior tristeza vai ser ficar 3 anos acordando 5 da manhã, correndo atrás de investidor, pagando dívida, tentando fazer um time competitivo, conseguir sanar todas as dívidas e depois a gente sair daqui e acontecer a mesma coisa”.