Uma multidão de torcedores e personalidades do esporte e da política passou ontem pela Casa Rosada, em Buenos Aires, no início da despedida de Diego Armando Maradona, que morreu na última quarta-feira, aos 60 anos, por causa de insuficiência cardíaca.
A morte de um dos melhores e mais carismáticos jogadores da história, em sua casa no subúrbio de Buenos Aires, desencadeou reações profundas e homenagens em todo o mundo.
"Maradona é a maior coisa que aconteceu na minha vida. Eu o amo tanto quanto meu pai, e é como se meu velho tivesse morrido", disse, aos prantos, Cristian Montelli, funcionário administrativo de 22 anos que tem uma tatuagem com o rosto de Maradona em uma perna.
Em meio às muitas homenagens, também aconteceram incidentes violentos. As forças policiais dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo quando admiradores, que formaram uma fila de mais de 2 quilômetros no centro de Buenos Aires, se afobaram para se despedir de Maradona
Diante da mobilização imensa, a família e as autoridades decidiram ampliar o velório por três horas, além do horário previsto originalmente.
Mas a sede do governo ficou repleta de torcedores exaltados, e as autoridades resolveram retirar o caixão do local por questões de segurança.
Após o velório, os argentinos continuaram seguindo o cortejo de Maradona até o Cemitério da Bella Vista, a cerca de 40 km do local do velório, onde o ídolo foi sepultado ao lado de seus país.