Jogador “fantasma” do Santos se despede após três anos de ostracismo

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A primeira contratação da gestão José Carlos Peres termina a passagem pelo Santos nesta quinta-feira, 31 de dezembro. E provavelmente você não conhece esse jogador.
O atacante Lucas Yanase, agora com 24 anos, foi contratado em 1/1/2018, primeiro dia de Peres no Peixe. E nunca jogou um minuto sequer no Alvinegro ou em dois clubes para onde foi emprestado: Metropolitano (SC) e Rio Branco (ES).
À época, José Carlos Peres defendeu a contratação e citou um teste no Liverpool, da Inglaterra.
“Lucas tinha um contrato com o Liverpool que eu encaminhei ao Marcelo (Teixeira) ano passado (2017) ele encaminhou para o sub-23, mas não chamaram o garoto. Tem futuro, salário dele é muito pequeno, cerca de cinco ou seis salários mínimos e que pode render muito. Está treinando e vai mostrar serviço. É do sub-23. Jair (Ventura) preferiu segurar o menino para disputar as competições do sub-23 e se for bem, puxar. Se não der certo, não perderemos nada. Fizeram carnaval como se fosse crime, o valor é muito pequeno. Vão na minha sala que eu mostro”, disse o ex-presidente, em uma reunião do Conselho Deliberativo.
E não deu certo. O atleta virou uma espécie de fantasma. Não jogou nem no sub-23 e se afastou das redes sociais. Foi até difícil encontrar fotos recentes do jogador.
Lucas Yanase, no Rio Branco (Foto: Divulgação)
A Gazeta Esportiva procurou José Carlos Peres para comentar essa situação. Sua aposta nem estreou no Santos, Metropolitano e Rio Branco e não joga pelo menos desde 2017.
“Eu não contratei para ficar sem jogar. Ele jogou quando emprestado (não jogou). Mas isso acontece na base de times grandes. Pior foi o Cleber Reis, que custou milhões de reais e é dor de cabeça até agora. Na minha gestão, nenhuma vez. Não fui eu que contratei. E ele já havia passado pela base do Santos antes. Estamos no fim do ano, pandemia. Vamos ter um pouco de solidariedade com o ser humano”, disse Peres, antes de falar mais.
“Eu juro, nunca acompanhei esse guri. Mas ele foi bem no começo, quando oposição começou a bater nele por causa do Lica (Ricardo Crivelli, avaliador que foi afastado por investigação de pedofilia). E me parece que ele (Lucas Yanase) baixou a cabeça. Na primeira semana, eu tive que desbloquear 10 contas e arrumar seis milhões junto aos bancos para fazer o clube andar. Não cuidei da base especificamente. Tem que cobrar quem contratou. Agora é muito estranho, porque assumimos no dia 2 e não no dia 1. Quem registra é o departamento jurídico”, completou.
O resumo é que Lucas Yanase deixa o Santos nesta quinta-feira, três anos depois de chegar e nem ser notado.