Casares evita loucuras por renovações: “Finanças e futebol têm que andar de mãos dadas”

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Novo presidente do São Paulo, Júlio Casares inicia sua gestão com o desafio de renovar contratos de peças importantes do elenco comandado por Fernando Diniz, casos de Brenner, Juanfran, Rodrigo Nestor, Hernanes e Reinaldo. Mas, se engana quem pensa que o mandatário irá extrapolar a capacidade do clube para manter esses nomes no Morumbi.
Brenner é o caso que mais vem gerando expectativas à torcida. O atacante tem contrato com o São Paulo até setembro de 2022, mas a temporada de destaque que vem causado interesse de clubes estrangeiros por seu futebol. Justamente por isso, sua renovação é vista como imprescindível para que o Tricolor evite sua saída precoce.
“Primeiro tem que vir a sinalização da área técnica. Se a área técnica conta com o jogador, vamos ver se ele encaixa na filosofia e no orçamento do São Paulo. Temos que conseguir adequar a pretensão de um jogador à realidade do São Paulo. As finanças e o futebol têm que andar de mãos dadas. Não podemos comprometer o futuro do São Paulo por causa a possibilidade de uma conquista, mas também queremos conquistar o campeonato”, afirmou Casares.
Ainda assim, o novo presidente são-paulino garantiu que sua gestão fará o que estiver ao seu alcance para dar continuidade à meta do clube de primeiro ter retorno esportivo para posteriormente ter retorno financeiro com os jovens revelados nas categorias de base.
“Os clubes vivem uma dificuldade grande, antes da pandemia já era assim. Claro que vamos fazer o possível e o impossível para manter os nossos valores aqui. Queremos que o jogador revelado seja valorizado, seja mantido e deixe um legado esportivo antes de ser negociado. Esse desenho financeiro tem que andar de mãos dadas com a área de futebol. É isso que vamos fazer. Se o orçamento nos der uma folga para que uma contratação de maior peso venha acontecer, obviamente ela será estudada”, prosseguiu.
Outros jogadores mais experientes, como Juanfran, por exemplo, também exigirão um certo trabalho à nova diretoria. Com contrato até o fim do Campeonato Brasileiro, o espanhol tem seu futuro indefinido no São Paulo. Por causa do alto salário, o lateral-direito, se receber uma proposta de renovação, precisará aceitar vencimentos mais modestos, adequados à política de austeridade financeira da nova gestão, caso queira seguir no Morumbi.
“A razão orçamentária não pode ser superada nunca. Quanto mais você erra em contratações, mais você sufoca a questão orçamentária. Esse orçamento que poderia renovar aquele jogador está comprometido por algumas contratações eu não funcionaram. O que queremos é diminuir o risco da contratação errada”, concluiu.