Novo presidente do Conselho promete reformar o estatuto do Corinthians

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O Conselho Deliberativo do Corinthians vai colocar em pauta a reforma do estatuto do clube.
Alexandre Husni, eleito presidente do órgão para o próximo triênio em pleito realizado nesta terça-feira, confirmou à Gazeta Esportiva que o tema receberá prioridade.
“Nós realmente falamos isso durante a campanha e reafirmo. Não é promessa eleitoral, não. É verdade. A primeira coisa que vamos fazer é convocar o Conselho, e vamos escolher um grupo para fazer uma reforma ampla, geral e transparente, porque a gente sabe de alguns problemas do estatuto”.
Husni também prometeu não retardar o agendamento do próximo encontro para que o balanço de 2019 seja votado o quanto antes pelo Conselho. As contas em questão fecharam com um déficit de R$ 195 milhões.
“Vou marcar o mais depressa possível. Acabei de ser eleito, vou ver o calendário, mas vai ser na primeira data disponível. Queremos fazer isso, queremos essa votação o quanto antes”.
Husni é obrigado a respeitar um intervalo mínimo de 15 dias entre uma reunião e outra.
“Eu recebo com muito orgulho essa vitória. Uma missão difícil, porque nosso clube tem sérios problemas. Vamos procurar resolver, vamos fazer uma reunião na próxima semana e começar a trabalhar”, completou Husni, que foi vice-presidente de Andrés Sanchez de 2018 a 2020.
Promessa de pacificação
André Luiz de Oliveira, o André Negão, ex-diretor administrativo do clube e agora vice-presidente do Conselho Deliberativo, falou sobre a intenção em acalmar os ânimos entre os grupos políticos a partir de agora.
“Vamos consultar todos, ninguém vai tomar atitude sem ouvir. Vamos para o diálogo. Tudo que você abre para o diálogo pacifica o ambiente. Você só não consegue se partir para um clima ditatorial. A gente quer abrir para todo mundo. O Conselho é a voz do associado”.
Como vice-presidente do órgão, André Negão também vai assumir a Comissão de Ética e Disciplina e terá direito a participar do Conselho de Orientação (Cori).
Cobrança da oposição
Augusto Melo, um dos principais líderes da oposição corintiana, explicou à Gazeta quais as prioridades do grupo sobre o estatuto.
“Queremos segundo turno nas eleições para o caso do vencedor não ter mais de 50% dos votos e o direito do “01” votar (dependente do associado titular, que no Corinthians é representado por uma maioria de mulheres). A gente também quer criar um módulo que permita o “Fiel Torcedor” votar, mas que também tenha de ficar sócio do clube. Tem de dar uma condição melhor para eles. E o ideal é que os próximos presidentes assumam responsabilidades com bens próprios em caso de endividamento do clube”.