Maycon conta sobre a vida na Ucrânia e reforça desejo de disputar as Olimpíadas

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Desde que deixou o Corinthians em 2018, o volante Maycon defende as cores do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Com o elenco recheado de brasileiros, a chegada ao novo país foi um pouco mais fácil, mas ainda há fatores, como o clima, que exigem adaptação. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o jogador contou mais sobre como tem sido este período no Leste Europeu.
“Têm muitas coisas legais aqui na Ucrânia que quase nenhum brasileiro conhece, e eu também não conhecia. Claro que tem seu lado negativo, como em todos os países do mundo. Tem o inverno, que é bem rigoroso, mas têm muitas vantagens, os brasileiros conseguem se adaptar tranquilamente aqui”. 
Há alguns anos, jogar no futebol ucraniano era considerado arriscado, pois não se sabia tanto sobre como era o esporte no país. Maycon teve a oportunidade de ir depois de grandes atletas, como Douglas Costa e Willian, e de jogar num dos principais clubes da liga. No tempo em que está por lá, aprendeu mais sobre a história local, o que facilita entender como as coisas funcionam.
“O futebol ucraniano foi muito afetado depois da guerra. Tinham times com muito poder aquisitivo. Depois da guerra, muitas empresas acabaram falindo e o futebol acabou sendo afetado, como a sociedade ucraniana num todo. Principalmente no Shakhtar, que é um clube que disputa grandes ligas,  a gente vê que o campeonato é competitivo, porém ele é competitivo no seu nível. É claro que tecnicamente alguns times não conseguem nivelar com o Shakhtar e com o Dynamo de Kiev, então eles nivelam, como no Brasil também acontece, com a vontade”. 
Shakhtar e Dynamo têm presença constante na Liga dos Campeões e na Liga Europa, as principais competições do continente. Mesmo assim, o nível do campeonato local está abaixo das outras ligas, o que prejudica um pouco os dois na briga por melhores resultados. Para o volante brasileiro, uma das questões que atrapalha o desenvolvimento é a estrutura.
“Na minha opinião, a Liga Ucraniana está um pouco distante das principais ligas. Em termos de tudo. De estrutura de campo, até mesmo de qualidade de jogo. Os times têm as suas qualidades, mas não é um futebol 100% vistoso. Às vezes a gente encontra um campo que não é adequado para um bom futebol. E aí, você tem que se adaptar, é uma questão que aqui você encontra às vezes”. 
Foto: Divulgação
Além do Shakhtar, um dos objetivos pessoais de Maycon é na Seleção Brasileira. Com as Olimpíadas se aproximando, o jogador está focado em garantir uma vaga na equipe de Jardine. Até por entender que, com uma boa atuação pelo time olímpico, pode vir a ter chances com Tite.
“É um momento que estamos próximos de uma Olimpíada. E claro que é o meu objetivo principal. Claro que depende de muitas coisas. Não é uma data Fifa, o clube não é obrigado a liberar, a seleção também tem várias opções muito boas na minha posição Mas é claro que é um objetivo. Principalmente porque as Olimpíadas, a gente sabe, cedeu vários jogadores para a seleção principal, que é o maior sonho de todos os jogadores”.