Corinthians se recusa a subir proposta, e Aguirre encerra negociação pela imprensa

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Diego Aguirre não será técnico do Corinthians. No fim da manhã deste sábado, as negociações foram encerradas, mas não da maneira que os dirigentes do clube imaginavam.
A Gazeta Esportiva apurou que o presidente Duilio Monteiro Alves soube da decisão do treinador uruguaio pelas notícias veiculadas pela imprensa.
O vazamento da informação pela equipe que trabalha com Aguirre aconteceu antes de qualquer membro da cúpula de futebol ser procurado.
De todo modo, Aguirre não fechou com o Corinthians pelo mesmo motivo que fez Renato Gaúcho preferir continuar de férias, no Rio de Janeiro: salário.
A pedida foi de R$ 1 milhão por mês, valor que contemplaria as chegadas do treinador, de um auxiliar e de um preparador físico.
O Corinthians se recusou a aceitar o pedido, e deixou claro que não extrapolaria o teto salarial do clube, principalmente depois de ter adotado essa postura com àquele que era o ‘plano A’, no caso, Renato Gaúcho.
A divergência nesse ponto vinha sendo debatida desde os primeiros contatos, na sexta-feira, mas acreditava-se que o assunto seria superado. Eram os sinais que Aguirre passava.
Diretamente a Duilio, durante uma videoconferência, o treinador se mostrou empolgado em assumir o Corinthians, admitiu que gostaria de voltar a trabalhar no Brasil e que havia gostado do projeto do clube para os próximos anos.
Já havia até consenso sobre um contrato com validade até o fim da temporada de 2022. Aguirre está sem clube desde novembro de 2020, quando deixou o Catar.
O avanço das conversas por parte de Aguirre mesmo depois do clube ter avisado que não chegaria na pedida salarial elevou o clima de otimismo. A esperança era de que tudo fosse acertado neste sábado.
A maneira como Aguirre deixou a negociação e o fato do gringo não ter aceitado reduzir sua pedida salarial foram lamentados pelo Corinthians, que via no uruguaio um perfil de técnico que batia exatamente com o que o clube procura nesse momento.
Agora, Duilio e seus pares vão passar o sábado, novamente, reunidos para definir o próximo alvo. A política de evitar “mais do mesmo” ou alguém que tenha alta rejeição com a torcida continua de pé.