No panteão dos heróis olímpicos

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As velejadoras brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na classe 49er FX dos Jogos Olímpicos de Tóquio, repetindo o feito do Rio de Janeiro, há cinco anos, ao completar em terceiro lugar a "medal race", ontem, em Enoshima. A dupla alcança feitos importantes com este título.

Primeiro, Martine e Kahena entram para o grupo com outros 13 atletas brasileiros que conquistaram medalhas de ouro em duas edições dos Jogos, sendo que apenas  Adhemar Ferreira da Silva (atletismo, em 1952/1956), Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaisa (vôlei, em 2008/2012) ganharam de forma seguida. Entre os bicampeões também está Torben Grael, pai de Martine, vencedor em 1996 e 2004.

"É uma honra estar no mesmo patamar de nomes que fizeram história no esporte olímpico brasileiro. Ainda não caiu a ficha. A gente ter o Torben e o Robert aqui é ainda mais emocionante porque, para mim, eles são nossos ídolos. Ter eles aqui e ser bicampeã olímpica é indescritível", comentou a niteroiense Martine Grael.

Além disso, garantiram a 19ª medalha olímpica do Brasil na vela (oitava de ouro) e a sétima vez seguida que um representante do país sobe no pódio da modalidade num evento olímpico.

A medalha de prata foi para as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke e o bronze ficou com as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz.

Com o bom desempenho na largada, as brasileiras abriram uma margem confortável em relação às adversárias principais antes do contorno da primeira boia. O terceiro lugar na medal race foi suficiente, já as concorrentes mais próximas na classificaram estavam muito atrás. "Tem regatas que são tão disputadas, hoje foi tranquilo, cruzando a linha não acreditava, depois de uma semana tão dura", afirmou Kahena à "TV Globo".

No começo, o bicampeonato chegou a ser colocado em dúvida, principalmente pelo 15° lugar da primeira regata. No entanto, esse foi o pior resultado na caminhada até o ouro e acabou descartado na contagem oficial.

Na classificação geral, as brasileiras terminaram com 76 pontos perdidos, enquanto as alemães ficaram com 83 e as holandesas com 88.