Mulheres fazem história em Tóquio

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A medalha de ouro conquistada por Ana Marcela Cunha na maratona aquática foi a oitava de mulheres brasileiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um recorde para uma edição de Olimpíada, superando as sete de Pequim 2008.

Das quatro medalhas de ouro do país até agora em Tóquio, três foram conquistadas por mulheres: além de Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade e as bicampeãs da vela Martine Grael e Kahena Kunze também subiram ao lugar mais alto do pódio.

"Nem nos meus melhores sonhos imaginei que a minha medalha iria ser a do recorde das mulheres", afirmou Ana.

Antes de ela cruzar a linha de chegada em primeiro lugar na última terça, o Brasil já havia conquistado dois ouros, duas pratas (Rebeca Andrade e a skatista Rayssa Leal, a Fadinha) e dois bronzes (Mayra Aguiar - judô, e Luisa Stefani e Laura Pigossi - tênis) com as mulheres, além de ter uma medalha assegurada por Beatriz Ferreira no boxe.

Campeã na classe 49er FX ao lado de Kahena Kunze, a niteroiense Martine Grael sabe a importância do feito delas para o esporte brasileiro.

"Depois da medalha no Rio a gente teve noção do quão impactante essa conquista é. Como serve de inspiração para outras crianças. Recebemos fotos, mensagens de pais dizendo que os filhos são nossos fãs. Fico feliz de servir de inspiração para essa nova geração da vela", disse.

E elas não vão parar por aí. Ontem, a Seleção feminina de vôlei venceu o Comitê Russo Olímpico por 3 sets a 1, avançando às semifinais, onde enfrentará a Coreia do Sul, amanhã.

Além disso, será uma mulher a responsável pelo ato final da delegação brasileira em Tóquio. O Comitê Olímpico do Brasil confirmou Rebeca Andrade como porta-bandeira na cerimônia de encerramento desta Olimpíada, já histórica para as atletas brasileiras.