Diniz avalia derrota do Santos para o Athletico e contesta o VAR brasileiro: “Gera revolta”

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O técnico Fernando Diniz lamentou o desempenho do Santos na derrota por 1 a 0 para o Athletico nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil.
O Peixe foi dominado no primeiro tempo e equilibrou as ações na etapa final. Mesmo assim, pareceu longe de reagir.
“Aqui é difícil, campo diferente, time adversário se defende muito bem. Podemos construir mais, errar menos passes. Fizemos um bom jogo no segundo tempo. Athletico tem basicamente o mesmo time do ano passado, com poucas alterações, e se reforçando. Perderam poucos jogadores, o que é o oposto do Santos”, disse Diniz, antes de explicar a escalação sem volantes.
“Quem fez a função do Camacho foi o Jean Mota. Marcos fez a do Jean, como fez em outros muitos jogos, quando tiramos zagueiros, Jean recuou e Marcos fez essa função. Athletico faz transição rápida e Marcos é rápido. Não acho que foi a ausência do Camacho que fez o time foi oscilar. Time não joga bem ou mal pela presença ou ausência de algum torcedor. Time melhorou no segundo tempo com a mesma formação, tivemos chances, o lance do pênalti… Contra o Libertad fomos muito mal contra Camacho e Jean Mota, por exemplo. Sistema falhou como um todo, erramos passes, pressão na marcação e sofremos mais do que devíamos no primeiro tempo”, completou.
Fernando Diniz também criticou a arbitragem de Marcelo de Lima Henrique e contestou o VAR pela forma como é executado no Brasil.
“Arbitragem tem sido determinante, foi hoje e na Vila Belmiro. Jogador colocou a chuteira entre joelho e canela e não foi expulso, mesmo com a análise do VAR (Gabriel Mercado, do Internacional). Lance que determina o Campeonato Brasileiro é a expulsão do Rodinei contra o Flamengo, por exemplo, num lance parecido. O pênalti é pênalti em qualquer lugar, não precisava nem de VAR. Era pênalti antes e depois do Pelé. Era pênalti óbvio. Jogadores do Athletico falaram que era pênalti no banco, tinha gente da Santos TV ali. Era um lance fácil de apitar e o árbitro disse para mim que não foi pênalti. Se isso não foi pênalti, o gramado é azul. Sou a favor do VAR, mas a ferramenta precisa corrigir injustiças, é importante, mas aqui há confusão, falta de critério e erra em cima de coisas fáceis. Gera um revolta importante”, avaliou.
“O pênalti contra o Ceará na Vila Belmiro foi menos pênalti do que hoje, mas foi pênalti de acordo com os critérios. O pênalti de hoje é pênalti em qualquer critério de qualquer época. Com o auxílio do VAR, como não se revoltar? Esse tipo de lance pode determinar uma passagem de fase na Copa do Brasil. E de quem é essa responsabilidade? Jogador perdeu o tempo da bola no quique e ajeitou com o braço. Lance fácil. E quase saiu gol do Athletico na sequência do lance. Precisamos discutir mais seriamente, não sabemos os critérios. Cada árbitro tem um critério”, emendou.
Com a vitória, o Athletico precisa de um empate para avançar à semifinal. O duelo de volta, na Vila Belmiro, só ocorrerá em 14 de setembro.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos voltará a campo para receber o Flamengo no sábado, na Vila, pela 18ª rodada.