Sylvinho lembra passado, se emociona com torcida e valoriza momento do Corinthians; Willian preocupa

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Sylvinho chegou ao Corinthians em maio, mas apenas nesta terça-feira teve seu primeiro contato com a Fiel.
Após a vitória da equipe sobre o Bahia, na Neo Química Arena, o técnico admitiu ter se emocionado com momento, principalmente por causa de seu passado como atleta.
Sylvinho foi revelado pelo Corinthians em 1994 e ficou no clube até 1999. Ele participou das conquistas de três Campeonatos Paulistas (1995, 1997 e 1999), uma Copa do Brasil (95) e um Campeonato Brasileiro (98).
“Eu vinha no ônibus Mosqueteiro 1. Era um campo, um gramado, muitas histórias, é emotivo, é gostoso, ter a atmosfera que tivemos hoje, confesso, me lembrou alguns momentos, me lembrou o meu tempo de Pacaembu, com algumas canções mais antigas. Foi especial para mim. Em algum momento ou outro a gente segurou, engoliu a emoção, mas o trabalho foi muito bem feito pelos atletas”, disse ele em entrevista coletiva.
Sobre o jogo que colocou o Corinthians no G4, Sylvinho não deixou de reconhecer a boa fase do time, com 10 jogos de invencibilidade, e fez questão de ressaltar o elenco.
“O time está jogando bem, está num momento bom, é um momento de construção. Sempre digo que temos três pilares: atletas que já ganharam tudo, atletas jovens que estão maturando, e atletas que chegaram de cenários diferentes e vieram qualificar. Estamos em construção, todos são importantes e a força é do grupo. O time está jogando bem, sim, mas temos bastante coisa para fazer, é um processo de construção que estou feliz de estar aqui no clube, o ambiente é ótimo, feliz por esse momento que estamos vivendo”.
O lado preocupante ficou por conta de Willian, que foi sacado no intervalo.
“Ele vem tendo algum tipo de desconforto, já na volta do jogo contra o Red Bull, se notou, uma pequena queixa. Não é nada grave, não é nada sério, mas é parte do nosso trabalho também. Estamos próximo dos atletas, principalmente dos que chegaram há pouco tempo, chegaram de cenários diferentes, muda muito, para que a gente possa gerenciar para não ter lesões mais graves. No primeiro tempo, antes da jogada do pênalti, sentiu algo. Na do pênalti, voltou a sentir. E no meio tempo eu tomei a decisão, o atleta tinha o desejo de continuar, mas entendemos que o melhor seria preservá-lo e continuar fazendo a construção do Willian”.
Agora, o Corinthians voltará a campo no próximo sábado, para enfrentar o Sport, na Ilha do Retiro, às 16h30.

Leia outros trechos da entrevista coletiva de Sylvinho:

Influência da torcida
“Eu, primeiro, precisei me controlar, porque voltar à casa e vir para um estádio onde você não vê o torcedor, é difícil. Mas, obviamente, somos profissionais e já faz mais de um ano que estamos assim. Eu, nesses quatro meses. Eu precisei me preparar, porque já imaginava as canções, umas novas, outras antigas. Depois preparamos para um jogo que a gente acaba tendo uma grande vitória. Primeiro me preparei, para depois passar aos atletas nesse ciclo bem curto. Entendíamos que o Bahia era um time que vinha diminuir as distâncias, marcar forte, pesado, jogador seu jogo. Trabalhamos esses atletas porque tinha um fator motivacional muito forte, conseguimos ter o equilíbrio necessário, com a ajuda do nosso torcedor”.
Atuação de Piton
Atuação nossa, de forma geral, foi muito boa, exercendo pressão no campo adversário, tivemos possibilidades de abrir o marcador. Piton fez um bom jogo com nossos defensores, um atleta jovem, com margem de crescimento, tem evoluído bastante nos treinamentos”
Gustavo Mantuan
“Atleta jovem, com muita qualidade, tem característica de um nove, de um atacante, mas pode jogar pelos lados e devido a mobilidade que ele tem Está se empenhando muito, cresceu. Tínhamos uma preocupação em dar uma carga de treinamento e tranquilidade porque ele vinha de lesões importantes, pouco a pouco ele tem ganhado oportunidades nos treinos, nas convocações, e a s respostas vêm sempre deles, e os que vão respondendo vão tendo oportunidades, e eu tenho convicção que ele vai ter a dele também”
João Victor
“João é um grande atleta, com margem de crescimento muito grande, um atleta rápido, se encaixou bem ao sistema. Além de tudo isso, o Gil tem experiência, traz equilíbrio, potencializa o João Victor. Eles têm se ajudado, têm se conhecido melhor. Grande margem de projeção ainda”.
Poder de reação em casa
“Talvez eu tenha titubeado um pouco no começo, não queria entrar um pouco na história desse lugar que estamos. Nos anos 88, 89 90, pegávamos um ônibus no Parque São Jorge e vínhamos treinar aqui. Era um campo, um vestiário bem simples, era o Miguel que cuidava, um grande gestor, quando vínhamos treinar. Estamos num lugar que faz parte da minha história e por isso eu tive de buscar um equilíbrio, porque a volta da torcida traz muitas lembranças. E aos atletas trazer o equilíbrio necessário e correto, o torcedor mais uma vez ajudou, e queríamos que os atletas não passassem do limite. E eles fizeram”.
Raízes no clube
“Eu volto a dizer, pra mim é mais difícil responder. Eu vinha no ônibus Mosqueteiro 1. Era um campo, um gramado, muitas histórias, é emotivo, é gostoso, ter a atmosfera que tivemos hoje, confesso, me lembrou alguns momentos, me lembrou o meu tempo de Pacaembu, com algumas canções mais antigas. Foi especial para mim. Em algum momento ou outro a gente segurou, engoliu a emoção, mas o trabalho foi muito bem feito pelos atletas”.
Briga pelo título
Eu continuo com o mesmo discurso. Vamos passado a passo, jogo a jogo, estamos construindo, o tempo passa rápido no futebol, o clube é enorme, mas estamos em tempo de construção, que está sendo bem feita, bem elaborada. O feedback é muito bom, mas vamos na nossa construção, adaptação dos atletas que chegaram, os atletas que estão aqui e querem continuar ganhando, os jovens que querem lutar por isso, já fui esse jovem, mas isso é um trabalho árduo. O momento é bom, mas os demais times já construíram, estão em outro momento. O nosso é de construção, bom e tem de ser respeitado. Vamos jogo a jogo”.
Mais sobre Gustavo Mantuan
“É um atleta que vem de uma recuperação de uma lesão importante, está se readaptando, treinando muito bem, buscando seu espaço, com uma boa mobilidade, um nove, sim, tem um ótimo acabamento, e por essa mobilidade pode jogar pelo lado. Está mais forte, muito saudável, o tempo vai chegando. O atleta está respondendo muito bem”.
Plano para rodízio
“Não. A preocupação nossa é de gerenciamento de todos os atletas, a força é do grupo, a partir de amanhã vamos pensar no jogo, ver como os atletas vão se recuperar, o ciclo agora é de quatro dias, isso dá um conforto maior. Enfim, vamos trabalhando, com todos os cuidados necessários, utilizando a estrutura do clube para gerenciar bem e colocar as ideias do próximo jogo”.
Gabriel Pereira
“É um atleta com muito boa condição. Já jogou Vitinho, já jogou Roni, já teve João Victor, que foi emprestado, voltou potencializado, o Du, Adson já passou, enfim, fico feliz por esses atletas, o GP também, um grande jogador, parte do conhecimento de construção é isso, joga pelo lado contrário, tem o último passe, se sente menos confortável do outro lado, tem nos ajudado bastante também”.
Definição do time
“O time não é meu, sempre disse isso, o time é do Corinthians, o Corinthians é assim. No jogo anterior, se superar, fez um grande jogo, conseguiu um empate difícil. Hoje, começamos atrás, tivemos paciência para virar o jogo. Isso é Corinthians. Tem qualidade, tem organização, mas não pode faltar nunca essa garra, determinação, essa vontade de fazer algo mais, que é a nossa cara, que é o Corinthians. Estamos aqui para fazer o grupo ser potencializado, é um grande processo, estamos contentes”.