Dupla de apenas 15 anos ganha chance no time Sub-20 do Palmeiras

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Endrick e Luis Guilherme, de apenas 15 anos, se conheceram quando faziam parte da equipe Sub-11 do Palmeiras. Foram promovidos ao Sub-17 no início da atual temporada, mas os atacantes já têm recebido as primeiras chances no Sub-20, último passo para a chegada ao time profiissional do Verdão.

Endrick soube na véspera do clássico contra o Corinthians, em agosto, pelo Brasileiro Sub-20, que seria relacionado para o Derby. “Na hora, nem consegui entender direito”, reconhece o brasiliense. “Mas depois, quando a ficha caiu, fiquei muito feliz. Gosto de desafios. Sempre que visto a camisa do Palmeiras, esqueço a idade e só penso em vencer.”

Da mesma forma, Luis Guilherme se surpreendeu com a notícia de que atuaria com garotos até cinco anos mais velhos. Estreou na categoria em outubro, diante do Internacional, também pelo Brasileiro. “Foi uma alegria enorme”, diz o sergipano. “Estava fazendo musculação quando me contaram que viajaria para Porto Alegre. É sinal de que tenho feito um bom trabalho no Sub-17.”

A utilização de Endrick e Luis Guilherme nas categorias maiores faz parte de uma estratégia da base do Palmeiras com objetivo de acelerar a maturação de garotos com grande potencial. A ideia é estimular neles o desejo de evoluir continuamente, sem nunca se acomodar.

“A gente não tem como parar a força da natureza”, diz o coordenador geral do Centro de Formação de Atletas, João Paulo Sampaio. “Fogo morro acima e água morro abaixo são como jogador talentoso. A única coisa que você tem de fazer é desafiá-lo. Foi o que aconteceu com Gabriel Jesus, Veron, Luan Cândido, Vitinho e Artur, entre outros. Quando o menino chama muito a atenção, a gente atropela os processos”, explica, ressaltando que, no grupo campeão paulista sub-20 em 2020, havia sete garotos do Sub-17 e um do Sub-15.

Segundo João Paulo, além do talento com a bola, Endrick e Luis Guilherme se notabilizam pela disposição em progredir na carreira. “Eles são concentrados naquilo que querem e isso também faz toda a diferença”, afirma. “São os atletas mais precoces com quem trabalhei em quase sete anos de Palmeiras. A gente os desafia sempre e a resposta tem sido positiva. É evolução atrás de evolução.”